Viúva da vereadora Marielle Franco, assassinada a tiros, junto com o motorista Anderson Gomes, no último mês de março no centro do Rio de Janeiro, ao sair de um evento, Mônica Benício falou, em entrevista à AFP, sobre a tristeza do caso que custou a vida da sua companheira ainda sem solução.
“A dor é uma certa forma de combustível para poder se manter na luta. É motivador ver pessoas que falam que nossa luta está inspirando, que Marielle continua sendo um símbolo de esperança”, afirmou ela.
Apesar da promessa das autoridades de solucionar os problemas da maneira mais rápida, não houve avanços significativos nas investigações. “É sempre: estamos trabalhando, estamos andando, mas não tem consistência”, lamentou.
“Não só como esposa, que tem uma dor muito particular, mas como brasileira, ver um crime que foi atentado à democracia chegar a seis meses sem nenhum tipo de resposta”, completou.
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Benício acredita ainda que é necessário ter uma resposta ao crime. “Não por uma questão de vingança, mas por uma questão de justiça, para assegurar que ainda existe um Estado de direito no Brasil”, analisou.
Atualmente ela viaja pelo mundo para manter a memória viva de Marielle em eventos de promoção dos Direitos Humanos, já passando pelos seguintes locais: Buenos Aires, Genebra, Lisboa, Londres, Atenas, Paris. Ela tem compromissos agendados até o fim de outubro.