O ator paraibano Pedro Vinícius, atualmente no ar em “Malhação: Vidas Brasileiras”, desabafou sobre a homofobia que enfrentou e enfrenta ainda hoje na vida real. Na trama adolescente da TV Globo, o artista interpreta Michael, um jovem gay que sofre preconceito dos colegas na escola e chega a ser agredido.
A similaridade entre o personagem e sua realidade não é ficção. Homossexual assumido, o artista relatou episódios de bullying que sofreu na escola, com os demais alunos intimidando-o, falando que iram “ensiná-lo a ser homem”, entre outros.
“Tinha medo disso tudo, dos garotos me verem no banheiro e querer fazer algo comigo. Era assustador. Passei o ensino fundamental inteiro sem ir ao banheiro”, disse o artista em entrevista ao jornal O Dia.
Leia mais:
Após trocar cartas anônimas, Michael e Santiago engatam romance em Malhação
Notícias Relacionadas
Luta por direitos
Dia da visibilidade trans: desafios e avanços na luta por direitos e dignidade
Em 20 de novembro, o mundo celebra o Dia Internacional da Visibilidade Trans, uma data dedicada a aumentar a conscientização sobre as questões enfrentadas pela comunidade trans, destacar suas conquistas e, sobretudo, reconhecer suas lutas diárias por direitos e dignidade. Para Noah Scheffel, CEO da EducaTransfarma e um dos maiores defensores da diversidade e inclusão, esta […]
Gay for pay
Garotos de programa no Grindr: veja os códigos usados no app
A prostituição masculina moderna migrou para aplicativos de pegação e profissionais do sexo driblam moderação com códigos específicos
Ator de Malhação usa salto na vida real e diz que gosta de ‘se montar’
“E também não queria ir no banheiro feminino porque, se os garotos descobrissem que eu estava frequentando o banheiro feminino, era capaz de sofrer muito mais do que eu já sofria”, afirmou.
Pedro Vinícius também comentou sobre a cena de “Malhação” em que ele é covardemente agredido por seus colegas de escola.
“Precisei da cooperação das pessoas no set de gravação porque era uma cena muito difícil, forte, cena muito comum no Brasil. Eu queria tocar as pessoas da maneira mais coerente. É uma sequência que dizia muito sobre as pessoas com quem me identifico e quem eu sou também”, completou.
