Considerado um dos grandes inimigos da comunidade LGBT, o candidato à presidência da república pelo PSL Jair Bolsonaro garantiu, em entrevista à Rádio Jornal do Commercio, de Pernambuco, concedida na manhã desta quinta-feira (04), que “os homossexuais serão felizes” caso seja eleito presidente.
A declaração foi dada ao ser questionado sobre a polêmica do projeto “Escola sem homofobia”, apelidado de forma pejorativa como “kit gay”. “Cada um, depois da sua idade, dono de seus atos, vai cuidar da sua vida. Para crianças de seis anos de idade, não dá. O pai não quer chegar em casa e ver o seu filho brincando de boneca por influência da escola. Os homossexuais serão felizes se eu for presidente”, afirmou o político.
“Queriam colocar no colégio filmes de meninos se beijando e meninas se acariciando. Crianças têm de ir ao colégio para estudar matemática, português e geografia. Como que o Joãozinho vai aprender sexo? O pai não quer que o filho aprenda a fazer sexo, homo ou hétero, a partir dos seus anos de idade. Aí inventaram que sou homofóbico, que vou matar gay”, defendeu.
Apesar de negar o posicionamento homofóbico, Bolsonaro sempre foi acusado por fazer declarações de natureza discriminatória e que incitavam o ódio. Sendo condenado a pagar uma indenização no valor de R$ 150 mil ao fundo de defesa LGBT pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
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A ação civil pública ajuizada pelo Grupo Diversidade Niterói, Grupo Cabo Free de Conscientização Homossexual e Combate à Homofobia e Grupo Arco-Íris de Conscientização teve como base as declarações do parlamentar ao programa “CQC”, da Band, no dia 28 de março de 2011.
Na ocasião, Bolsonaro disse que não “corria o risco” de ter um filho gay porque seus filhos tiveram uma “boa educação”, com um pai presente. Questionado se participaria de um desfile gay, o parlamentar disse que não porque acredita em Deus e na preservação da família.