Um norte-americano que estava fazendo uso da PrEP (Profilaxia Pré-Exposição ao vírus HIV) desde 2016, relatou ter contraído a doença mesmo sem parar de tomar o medicamento.
A notícia foi dada durante uma Conferência sobre doenças contagiosas realizada em São Francisco, no último final de semana.
Na ocasião, os especialistas apontaram que o que levou o homem a contrair o vírus foi o fato de um dos parceiros com quem ele mantinha relação constante, e é soropositivo, ter adquirido uma cepa do vírus mais resistente, ocasionado pelo fato do mesmo ter parado com a medicação antirretroviral, e voltado a tomar os comprimidos pouco tempo depois, o que fez com que o vírus sofresse uma mutação e ficasse mais resistente.
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Este é o terceiro caso de um paciente em uso da PrEP e que contrai HIV nos Estados Unidos. No mundo, outros três casos foram registrados: em Toronto, no Canadá, Amsterdã, na Holanda, e em Sidney, Austrália.
“Sabemos que a PrEP é superior a 99% de eficácia. Existem alguns casos em que o HIV irá quebrar isso. Nós só temos um punhado de casos agora, e no próximo ano, nó provavelmente teremos mais alguns. Felizmente, esses casos são detectados cedo, tratados e suprimidos rapidamente. A pessoa passa de tomar uma pílula por dia para uma pílula por dia. A maior diferença é o estigma”, disse o médico Robert Grant, da Universidade da Califórnia.
É oportuno ressaltar que a PrEP tem eficácia de 99% de confiança e que os médicos recomendam o uso da camisinha em todas as relações.