Bancada evangélica tenta derrubar criação de Conselho LGBT em BH

Criação de Conselho Municipal LGBT será votado nesta quarta-feira, 14.
Criação de Conselho Municipal LGBT será votado nesta quarta-feira, 14. (Foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)

A criação de um Conselho e um fórum municipal LGBT em Belo Horizonte, uma das principais propostas do programa de governo do atual prefeito Alexandre Kalil, enfrenta resistência pela bancada religiosa na Camâra Municipal, onde a inclusão de emendas que tornaria o órgão realidade entrará em votação nesta quarta-feira (14).

Parlamentares se organizam para derrubar todas as pautas ligadas à diversidade sexual e de gênero, que fazem parte da reforma administrativa, que a prefeitura quer implantar na capital mineira. Sob a justificativa que medidas como está vão contra a defesa da família e sobrecarregam os cofres públicos. As informações são do Portal Estado de Minas.

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BH não conta com um conselho voltado para a comunidade LGBT, apesar de conter com conselhos específicos para outras minorias, como o de Mulheres e de Igualdade Racial e Idoso. Embora a gestão atual já conte com uma Coordenadoria de direitos LGBT, conselhos são órgãos colegiados, em que há maior participação da sociedade civil.

O vereador Pedro Patrus (PT-MG) acredita que o novo órgão aumentaria a representatividade da população em questão dentro do setor público.“Existe Conselho da Mulher, Conselho do Idoso. Queremos criar o Conselho LGBT. O Brasil é o país que mais mata travestis e transexuais no mundo”, afirmou ele. Segundo levantamento do Grupo Gay da Bahia, Minas Gerais é o quinto estado que mais mata LGBTs no Brasil.

Por outro lado, os membros da bancada evangélica já alegaram que não mediram esforços para que as propostas não sejam aprovadas. “Já existe estrutura na prefeitura para cuidar de minoria. A criação do conselho aumenta a despesa do município. Eles estão fazendo jogo. Querem colocar ideologia de gênero em tudo para mostrar que é natural. A família natural é homem e mulher”, rebate Fernando Borja (PTdoB).

Representantes do movimento LGBT passaram a convocar a militância, que deve estar presente na reunião plenária desta quarta-feira (14). A reforma será apreciada em segundo turno.

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