A cantora travesti Linn da Quebrada usou o seu perfil no Twitter, na última sexta-feira (02) para denunciar uma ameaça de morte feita por eleitores de Jair Bolsonaro, após promover um protesto contra o presidente eleito durante um show em Belém recentemente.
“fomos cercadas por gritos de ‘vai ‘morrer’ e ameaças em nome de Bolsonaro, o mesmo se deu em Recife, é tão confuso, sabe?”, disse ela relatando o episódio que aconteceu dentro da Feira do Açaí que aconteceu após sua apresentação.
Linn continuou afirmando que o ataque foi protagonizado por vários homens. “Eu sei que eles não nos querem vivas, mas sentir que ninguém intervém por nós é triste”, lamentou frisando que a comunidade LGBT deve se unir para se proteger de casos violentos como esse.
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“O lance é cuidarmos umas das outras, protejam-se, porque fora da nossa bolha de força e proteção eu percebo que eles não vão hesitar em nos mostrar que não somos bem-vindas e não nos querem vivas”, completou.
“eh mto complexo & mto doido. a Linn da Quebrada recebe mto amor por onde passa, mas meu corpo “anônimo”, a Lina, continua “sozinha” & hostilizada. e quem soul eu no meio d tudo isso?”, comparou.
aqui em Belém, ontem, teve show onde simplesmente me senti tão forte e com tanta jemt ao meu lado, me senti tão querida. mas logo depois na feira do açaí, fomos cercadas por gritos de “vai morrer” e ameaças em nome d bolsonazo, o msm se deu em Recife. eh tão confuso sabe?!
— Linn da Quebrada (@linndaquebrada) 2 de novembro de 2018
eram mts mts homi msm, nos sentimos tão ameaçadas e tão pequenas. parece q ao msm tempo q temos criado tanta força entre nós, ao msm tempo eles nos fazem sentir tão incapazes e tão vulneráveis. eu sei q eles não nos querem vivas mas sentir q ninguém intervém por nós é tão triste
— Linn da Quebrada (@linndaquebrada) 2 de novembro de 2018
eh mto complexo & mto doido. a Linn da Quebrada recebe mto amor por onde passa, mas meu corpo “anônimo”, a Lina, continua “sozinha” & hostilizada. e quem soul eu no meio d tudo isso?
— Linn da Quebrada (@linndaquebrada) 2 de novembro de 2018
e não se trata só de força, jemt. forte se a jemt não eh, a jemt se faz. mas o lance eh cuidemos umas das outras, protejam-se, pq fora da nossa bolha d força e proteção eu percebo q eles não vão hesitar em nos mostrar q não somos bem vindas e não nos querem vivas
— Linn da Quebrada (@linndaquebrada) 2 de novembro de 2018
e não to falando isso pra disseminar o medo, mas sim pra explicitar td nossa força. pq só somos tão ameaçadas pq somos muito mais ameaçadoras à eles.
macho é o bixo mais frouxo & covarde q existe! são capazes d td pra proteger seu território. eles são ruim mas a jemt é bem pior— Linn da Quebrada (@linndaquebrada) 2 de novembro de 2018
pronto sai da bad Kakaka eu tenho um lance q percebo q me faz bem que eh não me apegar à essas sensações q atravessam a jemt. atravessam, eu sinto & preciso deixar elas passarem. como canal msm. então nos movimenta. nos tira do eixo. nos desequilibra. nos põe no lugar & vamos
— Linn da Quebrada (@linndaquebrada) 2 de novembro de 2018