Com base em denúncia do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), a Justiça condenou dez integrantes de uma organização criminosa local. Tendo nove travestis como integrantes, o esquema trabalhava com exploração sexual em Taguatinga (DF).
De acordo com o Metrópoles, o grupo foi condenado por lucrar em cima da prostituição alheia, o crime chamado de rufianismo. Além disso, a organização extorquia e ameaçava as prostitutas. Júlia e Letícia são as identificadas como líderes do grupo. Elas receberam, respectivamente: 13 anos e dois meses, e 12 anos e dois meses de cumprimento de pena.
A apuração do caso descreve que Júlia e Letícia recrutavam travestis em vários lugares da Federação para levarem às suas repúblicas. Lá, cobravam por estadia e alimentação e davam o ponto na rua. Se não ficasse hospedada, no entanto, a travesti devia pagar pelo ponto para trabalhar na rua.
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Caso a vítima não aceitasse ser hospedada e ainda tentasse utilizar algum ponto, a violência era certa. Ela seria ameaçada, agredida e expulsa. Algumas vezes, tudo era feito mediante uso de facas e armas de fogo, além de intimidação física.