A Netflix estava com caminhos andados para produzir OBX, sua nova série original, na Carolina do Norte, nos Estados Unidos. A produtora embargou as gravações por conta de uma lei do estado considerada anti-LGBT, aprovada em 2016. As informações são da Veja.
A Lei dos Banheiros, como é conhecida, exige que pessoas trans utilizem banheiros públicos correspondentes a seu gênero definido na certidão de nascimento. Além disso, em um trecho da legislação, é proibido decretos municipais que tratem do combate à discriminação de qualquer grupo que já não esteja no texto da lei. É o caso, por exemplo, da população LGBT, que não é citada.
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A informação de que a lei foi um fator determinante para a desistência da Netflix foi dada pela revista americana The Hollywood Reporter. Em entrevista a outro jornal local, o criador da série informou o impasse.
“Essa pequena lei está custando à cidade boas oportunidades de emprego”, afirmou Jonas Pate. Na ocasião, foi divulgado que a Netflix irá investir cerca de sessenta milhões de dólares no projeto. OBX terá dez episódios e suas gravações devem iniciar ainda no primeiro semestre de 2019.
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Por meio do Twitter, o presidente da ONG Human Rights Campaign, Chad Griffin, congratulou a empresa pela iniciativa. “Parabéns, Netflix, por ter levado a sério o impacto em seus talentos LGBTQ e empregados dessa lei vergonhosa”, escreveu.
Good on @netflix for taking seriously the impact of this disgraceful law on their LGBTQ talent & employees. It’s been nearly 3 years since NC passed #HB2, and it’s long past time for this hateful bill to be fully repealed.https://t.co/6Ix9iDopQJ
— Chad Griffin (@ChadHGriffin) 10 de janeiro de 2019