Sob os gritos de “Amor é amor! Amor é amor!”, 20 manifestantes LGBTs promoveram um beijaço em frente a Igreja de Carmem, no Panamá. O protesto aconteceu durante a passagem do Papa Francisco no país para a jornada da Juventude. As informações são da agência AFP.
O local foi escolhido por ter um histórico simbólico para os cidadãos panamenhos. Foi lá onde ocorreu o ponto central dos protestos contra o ditador Manuel Noriega nos anos 1980. Envoltos de bandeiras arco-íris, símbolo da diversidade, os presentes reivindicaram sobre visibilidade da comunidade LGBT, na igreja católica.
Enquanto o protesto acontecia, através cartazes com mensagens como “Homofobia é pecado” e “Se há amor, há uma família”, um grupo de peregrinos católicos, com bandeiras dos Estados Unidos, se afastou.
No início do seu legado, em 2013, o pontífice chegou a fazer um aceno para os homossexuais. Um dos primeiros sinais da religião próximo dos LGBTs. “Se uma pessoa é gay, busca a Deus e tem boa vontade, quem sou eu para julgá-la?”, afirmou em uma entrevista concedida no avião papal.
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Apesar da declaração, nada mudou em relação ao Vaticano e a comunidade LGBT que permanece contra o casamento homoafetivo e também a adoção de crianças para casais LGBTs. Além disso, Francisco afirmou no ano passado que a homossexualidade é “uma moda” em comentários a jornalistas revelados pela Santa Sé em uma nota divulgada e posteriormente corrigida, após repercussão negativa.
Assim como muitos países da América Latina, o Panamá ainda não aceita as demandas de direitos civis do movimento LGBT, como o casamento entre pessoas do mesmo sexo.