O Grupo Gay da Bahia (GGB) divulgou seu relatório anual sobre mortes de LGBTs no Brasil, que revelou o estado do Amazonas como o com maior número de assassinatos de LGBTs na região norte. No Brasil todo, o estado só fica atrás de São Paulo, Rio de Janeiro e da Bahia.
2016 foi considerado o ano mais violento contra LGBTs desde 1970, totalizando 343 mortes em todo o país. No Amazonas, o número foi de 28, sendo 25 apenas em Manaus. Em termos absolutos, a capital do AM acabou sendo a com maior registro em uma só cidade, seguida de Salvador (com 17) e São Paulo (com 13).
Ainda assim, Sebastiana Silva, a gerente de diversidade e gênero da Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc), afirma que Amazonas está melhorando nos direitos LGBT. “O Amazonas realizou três casamentos coletivos homoafetivos, isso é um total avanço.”, ponderou ela em entrevista para o jornal A Crítica.
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“Nós agora estamos na fase de implementação do Conselho Estadual de Combate a Discriminação, onde a própria sociedade civil terá um assento, assim como o próprio poder público e a academia. Juntos poderão traçar metas e diretrizes de um plano estadual de políticas públicas para a comunidade LGBT e isso demonstra o quanto temos avançados”, completou.
Sebastiana espera que , com o Conselho e as discussões de novas políticas, seja possível diminuir a violência. “A gente sabe que isso é questões de médio e longo prazo. Temos muito que avançar, principalmente dentro da própria legislação, pois não temos lei que puna agressores de LGBTfobia”, concluiu.