"Quero participar de grandes projetos em Hollywood", revela Bruno Alcântara, do "pitcrew" de RuPaul

Bruno Alcântara assistente de RuPaul's Drag Race (Foto: Reprodução/Instagram)
Bruno Alcântara assistente de RuPaul's Drag Race (Foto: Reprodução/Instagram)
Por André Júnior
Baiano de Ilhéus, Bruno Alcântara mora em Los Angeles há cinco anos e, desde o fim do ano passado, faz parte do “pit crew”, time de bonitões vestidos com cuecas minúsculas que fazem assistência de palco no programa RuPaul’s Drag Race. O reality show é um sucesso nos EUA e conquista cada vez mais fãs ao redor do globo. A atração é apresentada pela drag queen RuPaul, e já está na 11ª temporada.
A atração fora recentemente adicionada ao catálogo da Netflix Brasil. Junto com outros dois modelos, o ilheense ajuda a apresentadora e as competidoras nas tarefas semanais. Bruno revela como conquistou o sucesso após vários anos de dedicação na Califórnia. Confira:

– Bruno, o seu nome repercutiu na mídia brasileira após a revelação de que você fazia parte da equipe de RuPaul Drag’s Race. Como surgiu o convite e desde quando você é um integrante do reality?

Eu fui convidado pra fazer um casting para o show para participar da Temporada de All Stars 4. A parceria deu certo e foi estendida para Drag Race Temporada 11. São as minhas duas primeiras temporadas no show. Tô bem feliz de fazer parte de um show tão querido no mundo, que além de entreter educa a sociedade.

– Para quem não te conhece, qual trajetória você percorreu até chegar na atração da Logo TV?

Eu me graduei em Publicidade e Propaganda na Universidade Católica de Salvador. Conclui um MBA em Gestão de Pessoas. Trabalhei por três anos com o grande Paulo Borges na equipe do Fashion Rio e SPFW. O que me iniciou na área de produção de eventos, depois eu fui pra Los Angeles pra aprender Inglês. Lá eu tive a oportunidade de produzir o camarim de Madonna na turnê Rebel Heart. Também produzi o do rapper Puff Daddy na turnê Bad Boy Reunion Tour. O contato com esses e outros grandes artistas me inspirou a voltar a estudar interpretação.
Eu terminei um curso de dois anos e entre tantos testes e projetos conheci o time do Drag Race.

– Anteriormente, quais trabalhos você já havia desenvolvido? Você trabalha como ator ou modelo nos EUA?

Eu cheguei a fazer algumas peças de Teatro no Brasil e até um Curso na escola de Atores Wolf Maya, mas segui a Publicidade. Agora em Los Angeles, eu já estou envolvido em projetos como ator e modelo. Eu fiz alguns comerciais como para a marca Intel em Los Angeles. Fiz editoriais com a modelo e atriz americana Carmen Electra, alguns videoclipes para Demi Lovato e Elton John, participei de desfiles no Los Angeles Fashion Week.

– No ano de 2018, você participou da entrega do Oscars, certo? Qual era sua função dentro da premiação?

Faz dois anos que eu integro a equipe de produtores do festa de premiação do Oscar e Emmys. Gerencio uma parte da área VIP do evento, garantindo que os nossos ilustres convidados estejam se divertindo e tendo todos os seus desejos atendidos.

– Qual é o seu sonho profissional, Bruno?

Como ator, eu quero participar de grandes projetos em Hollywood, que me desafiem que toquem pessoas. Inclusive adoraria ter alguns projetos aqui no Brasil também, certeza que vão acontecer. Como LifeCoach, que eu também sou e poucos sabem, quero inspirar pessoas a superar os seus medos, se permitir sonhar errar e viver a vida que realmente deseja.

– Em sua opinião, por qual motivo o Brasil ainda não investiu em uma atração como o “Drag Race” em rede aberta? Quais diferenças você enxerga entre os EUA e o seu país de origem, quando o assunto é a representatividade LGBT?

No meu ponto de vista, nos estamos, aos poucos, evoluindo em relação aos direitos e atracões LGBT na TV aberta. Já existe muita representatividade, grande audiência, e um processo natural que já está acontecendo. Os Estados Unidos está mais à frente nesse sentido, e que sirva de inspiração para o Brasil e todos os outros lugares do mundo que estão crescendo nesse quesito. E preciso aceitar e respeitar as diferenças, a gente precisa mesmo e de gente livre em paz e feliz.
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