Seis meses se passaram da morte de Itaberli Lozano, de 17 anos, morto pela própria mãe com a ajuda do padrasto e outros dois homens em 29 de dezembro de 2016, em Cravinhos, interior de São Paulo, e até agora o corpo do adolescente não foi sepultado.
De acordo com a Polícia Civil, o corpo aguarda laudo do Instituto Médico Legal (IML) que ainda não conseguiu confirmar se os restos mortais carbonizados encontrados em um canavial da zona rural são mesmo do rapaz. O assassinato resultou de brigas constantes sobre a orientação sexual do jovem.
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Itaberli havia sido morto após ser esganado e esfaqueado no pescoço pela mãe, Tatiana Lozano Pereira, de 32 anos. Ela teve ajuda de outros dois homens, Miller Barissa de 18 anos e Victor Roberto da Silva, de 19. Alex Canteli Pereira, de 45 anos, padrasto do adolescente, também auxiliou no crime ao ajudar a ocultar o cadáver. Ele levou o corpo até um canavial e incendiou toda a plantação, tornando a identificação mais difícil. O corpo foi encontrado em 9 de janeiro deste ano.
Antes de morrer, Itaberli havia postado em seu Facebook que havia sido agredido pela mãe por ser homossexual. A mãe chegou a assumir a autoria do crime durante depoimento, mas afirmou que o fizera porque o filho era “problemático, usuário de drogas” e porque havia ameaçado tanto ela quanto o irmão caçula.
A polícia já prendeu todos os responsáveis pelo crime. Tatiana está no penitenciária de Cajuru e os três homens estão na cadeia de Santa Rosa do Viterbo, ambas em São Paulo.