Nefassa Williams revelou ao Gaytimes, a emoção que sentiu ao usar o uniforme da sua personagem em Black Lighting. Ela interpreta Anissa Pierce, também conhecida como Thunder, a primeira super-heroína lésbica negra da TV norte-americana. A série estreia nesta segunda-feira (25), na Netflix.
“Eu me lembro de chorar na primeira vez que coloquei meu uniforme. Apenas sabendo que estava prestes a ser aquela representação que nunca tínhamos visto ou tido antes”, afirmou ela.
A produção faz história, traz representatividade por trazer protagonistas negros e LGBTs. “Isso era algo diferente e especial. Aqui estava esse super-herói negro cujo foco era sua vizinhança, sua comunidade – e sua família. Sabia o que significaria para a comunidade ver um retrato de um negro forte que estava presente para sua vida. Uma família, que era solidária e protetora e amorosa”, disse.
Na série, Anissa é uma mulher lésbica orgulhosa e com uma vida romântica ativa. “Estou tão animada por estar interpretando uma lésbica”, revelou. “É uma oportunidade para ajudar a normalizar ser lésbica aos olhos das pessoas”, analisou.
Representatividade
Sobre o peso de ser pioneira como uma heroína lésbica, Williams disse: “representação é importante. Quando assistimos TV ou vamos ao cinema, queremos ver personagens que se parecem conosco e com quem podemos nos relacionar. Eu acho que é por isso que tivemos sucesso, especialmente com esse personagem em particular. Até agora, as adolescentes negras nunca se viram lésbicas na tela, e não apenas mulheres negras, mas todas as mulheres.
“Há pessoas que se parecem com ela que nunca se viram celebradas e glorificadas de uma maneira amorosa como lésbicas. Então, é algo ótimo para o público. Cultura, é algo ótimo para a nossa geração. É lindo de se ver, e também é bonito a forma como normalizamos a ideia. Não havia um momento de sair, era como: ‘Sim, ela é lésbica, e a família dela a apóia’.”, continuou.
A atriz ainda dividiu que vem recebendo grande aceitação da comunidade LGBT pelo papel. “Tenho recebido um apoio esmagador. Eu estava em uma convenção e uma jovem – ela não era negra – veio até mim em lágrimas. Ela disse: ‘Obrigado.’ Porque depois de ver a Thunder ela se sentiu normal. Antes, ela não se sentia normal em ser lésbica. Para mim, essa foi a resposta mais gratificante que recebi”, declarou.