A Assossiação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) divulgou o Mapa de Assassinatos de Pessoas Trans no Brasil, que contabilizou um total de 91 mortes, entre travestis, homens e mulheres trans desde o começo do ano até o início de julho. O levantamento também aponta quais os estados com a maior taxa de assassinatos a este grupo.
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É importante ressaltar que o Mapa foi criado com base em dados oficiais e divulgados pela mídia, o que significa que o número real deve ser muito maior. Não há uma classificação para crimes motivados por transfobia, nem mesmo por homofobia, o que faz com que muitos assassinatos de pessoas trans no Brasil não entrem em estatísticas oficiais. O próprio sistema, ao não respeitar o nome social dessas pessoas, a mata duas vezes, ao invisibilizar a sua existência.
“Intencionalmente desqualificam a motivação real e acabam tipificando como motivo torpe ou qualquer outro que não caracterize como crime de ódio. Mas alguém que dá 25 tiros em uma única pessoa quer matar até a sua alma”, afirma Benevides, responsável por colher os dados da pesquisa.