O Youtube tem se tornou alvo de uma grande polêmica sobre homofobia e discurso de ódio nas redes sociais. O caso aconteceu após um jornalista do site Vox, Carlos Maza, ter sofrido inúmeros ataques de homofobia e racismo de um youtuber.
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De acordo com o jornal Washington Post, os ataques contra Maza, que é gay e descendente de cubanos, começaram há cerca de dois anos, pelo youtuber e comediante, Steven Crowder.
Na semana passada, cansado de reportar os vídeos ofensivos à rede social, ele publicou um vídeo no Twitter onde reúne os diversos momentos onde o comediante se refere a ele como: “Senhor Gay Vox”, “gayzinho furioso“,“gay mexicano“,”gay latino de Vox”, entre outros.
Após a viralização do vídeos nas web, o YouTube se comprometeu a investigar o caso. Mas poucas horas depois, se pronunciou dizendo que os comentários do influenciador “não violam as políticas da plataforma”.
“Nossas equipes passaram os últimos dias realizando uma análise detalhada dos vídeos sinalizados para nós e, embora tenhamos encontrado uma linguagem claramente prejudicial, os vídeos postados não violam nossas políticas. Como uma plataforma aberta, é crucial permitirmos que todos – de criadores de conteúdo a apresentadores de TV noturnos – expressem suas opiniões no escopo de nossas políticas. As opiniões podem ser profundamente ofensivas, mas, se elas não violarem nossas políticas, elas permanecerão em nosso site”, disse o comunicado do YouTube.
Apesar do posicionamento, no mínimo estranho, os termos de uso do YouTube deixam bastante claro que a empresa tem uma política de tolerância zero, quando se diz respeito ao discurso de ódio. Em seus termos, a YouTube afirma que serão vetados todos os “conteúdos que promovem a violência ou o ódio contra indivíduos ou grupos”.
O caso surge exatamente no mês que é comemorado o Orgulho LGBTQ+ no mundo todo. Inclusive, a plataforma divulgou nas últimas semanas que vai colocar no ar uma série de documentários gratuitos sobre personalidades LGBTs.