Conforme uma pesquisa da Universidade de São Paulo (USP), o Estado é um dos principais agressores contra a população transexual do Brasil. As denúncias que são feitas ao governo federal foram comparadas a tipos de violência, regiões geográficas e padrões de agressores suspeitos.
De acordo com o pesquisador Ubirajara Caputo, as agressões vão além das físicas. Segundo ele, quando às instituições públicas rejeitam atendimentos às pessoas transgênero, isso seria um tipo de violência.
“Quando uma transexual procura atendimento em um posto de saúde e recebe um ‘eu não vou te atender, porque não atendo esse tipo de coisa’, ela está sofrendo uma violência a partir da negligência do Estado”, exemplifica Caputo à revista Galileu.
Uma das conclusões do pesquisador é que, para que as situações transfóbicas sejam cessadas, é necessário que a sociedade civil se mobilize e comece a tratar o assunto como algo natural, inclusive nas escolas.
“O movimento dos trabalhadores precisa pressionar o patronato para realizar campanhas anti-discriminatórias. O tema tem de ser conversado nas escolas. Parte do preconceito, pelo menos a parte mais facilmente conversível, baseia-se em desinformação”, afirma.