Uma nova resolução que permite o uso de nome social por pessoas trans nas dependências e nos documentos da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp) de Bauru, foi publicada no Diário Oficial da instituição, em São Paulo. A decisão começa a valer a partir de agosto, quando se inicia o segundo semestre letivo.
O assessor de pró-reitoria, Juarez Xavier, comentou a resolução: “Nós acompanhamos todas as resoluções que foram aprovadas pela Organização das Nações Unidas, pelo Unesco, todos os diplomas internacionais, fizemos uma grande prospecção nas universidades norte-americanas e europeias que adotaram essas políticas”.
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“Então a nossa ideia foi assegurar os direitos humanos, criar condições para uma educação para diversidade na instituição, garantir direitos adquiridos para membros da sociedade e, na medida do possível, ampliar uma politica institucional de educação para diversidade”, finalizou Xavier. A novidade foi comemorada por alunos LGBT, inclusive pelo coletivo Prisma, que considerou a medida positiva. Entretanto, também foi lembrado que isso é apenas um passo para a inclusão de pessoas trans em universidades.
Isso porque pessoas trans raramente chegam até a universidade, e quando chegam, costumam não se assumir até completarem os estudos. Uma mudança como a do nome social ajuda muito a fazer com que esses estudantes se sintam incluídos e confortáveis, mas é só uma de muitas medidas a serem tomadas não só por universidades, mas por governos municipais e federal.