Antes reprimidos e renegados, hoje os personagens e os profissionais LGBT+ estão cada vez mais em evidência. Dos 110 filmes dos sete maiores estúdios de Hollywood em 2018, 20 contaram com personagens LGBT.
O número é um avanço em relação a 2017 (14 de 109) em prol da representatividade. Os dados são do instituto norte-americano GLAAD (Aliança de Gays e Lésbicas contra a Difamação) que, há sete anos, conduz pesquisas sobre o tema.
No entanto, não apenas a mídia mainstream se rendeu à diversidade, mas também a indústria de filmes eróticos LGBT+. E não apenas a produção, mas o consumo desse tipo de conteúdo cresceu. É o que afirma o ator pornô brasileiro Rico Marlon, conhecido por fazer filmes homoeróticos internacionais.
“Veja o Netflix por exemplo, quantos filmes com temáticas ou personagens LGBTQI estão em cartaz. É nítido que as pessoas estão saindo do armário e com isso nosso não apenas o mercado de filmes mainstream, mas também o filmes pornôs já alcança os demais e em alguns casos já é mais visto até que os filmes pornô héteros”, disse ele, que recentemente afirmou que muitos colegas de trabalho fazem cirurgia para aumentar o pênis.
No final dos anos 1990, movimentos gays iniciaram uma espécie de cruzada para deixar seus nichos mais underground rumo ao lado de lá do gueto, levando questões sérias do meio LGBT ao cinema: “a tendência é ocuparmos cada vez mais espaços, o que é positivo para representar a diversidade que é o ser humano, muito além do binário”.
Rico ainda afirma que as redes sociais e a internet ajudam a ter uma percepção de como a indústria de filmes eróticos gays cresceu em popularidade. “Basta ir a qualquer um dos sites que exibem ou comercializam este tipo de conteúdo e checar o número de visualizações. Depois compare com o pornô hétero. Nota-se um crescimento. As pessoas vem falar com a gente nas redes sociais também como consequência”, declara.