A Beija-Flor Filmes está produzindo Alice Júnior, longa brasileiro, com estreia prevista para 2018, que segue a história de uma garota trans de 17 anos, que vive os dramas da adolescência, espera por seu primeiro beijo e, claro, trata das dificuldades enfrentadas pela população transsexual e transgênero, entre outras histórias.
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Quem dirige é Gil Baroni, e a protagonista será vivida pela atriz (também trans) Anne Celestino. Em entrevista para o site NLucon, o diretor afirmou que “em nenhum momento a gente pensou em colocar um artista cis para o papel”. Reclamação constante da comunidade trans a respeito de produções dramatúrgicas, que trazem, por muitas vezes, personagens trans interpretados por atores e atrizes cisgêneros.
“Estamos vivendo em um momento em que precisamos falar sobre essas questões de maneira consciente, informativa, dando voz e espaço para que essas pessoas falem por elas”, completou Baroni.
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A produção encontrou Anne através de seu canal no YouTube, Trans-Tornada, no qual ela fala sua vivência. Além de ter feito teatro na infância, Anne voltou às aulas no ano passado e já participou da peça Cidade Dorme e do documentário Quem eu Sou. Sua escolha para o papel alterou o roteiro original de Alice Júnior.
“Inicialmente, eles queriam alguém de Curitiba e eu sou de Recife. Então ficamos conversando pelo Skype e eles falavam para eu ler algumas coisas. Até que em maio de 2016 o Gil disse que eu seria a Alice Júnior. Sendo assim, o roteiro inteiro mudou. A garota de Curitiba de 14 anos passou a ser uma garota recifense de 18 anos que se muda para uma cidade do interior do Paraná”, contou a atriz.
“Quando falamos sobre a representatividade trans, as pessoas piram e dizem: ‘o ator pode interpretar qualquer pessoa’. Sim, ele pode, mas deem espaço para que as pessoas trans também interpretem, se representem, estejam lá”, declarou Anne. “Mostramos que uma atriz trans é capaz e pode estar em um grande filme como ‘Alice Júnior'”.