A apresentadora de TV Ellen DeGeneres revelou em entrevista à revista Good Housekeeping que sofreu lesbofobia, tanto do público, quanto dos colegas de trabalho, quando decidiu assumir a sua homossexualidade em 1997.
“Todo o bullying que sofri (em Hollywood) quando revelei ser lésbica compensou a falta dele na minha infância”, lembrou ela que chegou a adoecer por causa da discriminação que sofreu. “Eu me mudei de Los Angeles, entrei em uma depressão profunda e tive que visitar terapeutas e tomar antidepressivos pela primeira vez na minha vida”, contou.
A sexualidade de Ellen se tornou pauta para muitos programas da imprensa local, o que contribuiu muito para o mal-estar que a famosa sofreu na época. Porém, o momento que mais a prejudicou foi quando a sua personagem na série The Puppy também se assumiu lésbica, o que fez a produção ser cancelada um ano depois, apesar da boa audiência que alcançava. “Foi um momento assustador e solitário”, diz Ellen.
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“Eu trabalhei incessantemente por 30 anos e, em um piscar de olhos, eu não tinha mais nada. (…) Eu era a mesma pessoa de antes de revelar que era lésbica”, declarou. DeGeneres explica que conseguiu dar a volta por cima após começar a fazer terapia, meditação e exercícios. “Hoje eu não acredito como saí daquele buraco e onde cheguei”.
Atualmente, Ellen apresenta um talk show bem sucedido na TV norte-americana no qual recebe ícones e celebridades importantes de Hollywood, além de já ter apresentado o Oscar em 2014. “Atualmente eu não ligo para o que as pessoas falam de mim. Meu lema é: ‘você pode estar comigo ou não’”, finalizou.