O atleta Diego Hypólito comentou sobre suas vitórias na ginástica e sobre o seu mais novo projeto, o livro “Não existe vitória sem sacrifico.” Como no caso de muitos LGBT+, o atleta disse que cresceu com medo de magoar a família, de assumir o que sentia, principalmente no campo da ginástica que é preconceituoso.
Segundo o jornal Extra, Diego Hypólito comentou que teve inúmeros problemas internos, não conseguia se aceitar, e que isso o privava de ser inteiramente feliz. No livro,ele relata que como a geração de hoje e antigamente, o bullying era algo que ele tinha que lidar, e principalmente no ambiente profissional.
Na biografia, o atleta também relatou problemas que teve com a sua sexualidade baseando-se nos princípios da igreja. Ele enfatizou que não foi fácil, que cresceu achando que a homossexualidade era abominável, ou até mesmo uma praga, e que sempre se privava de contar sobre o fato de ser gay, com medo de decepcionar a família. Hoje o atleta vive um relacionamento homoafetivo há quase dois anos.
“Cresci tentando esconder minha sexualidade. Não só dos outros, mas de mim mesmo. Foi muito difícil me aceitar como gay. Embora de longe não pareça, a ginástica é um ambiente altamente machista e preconceituoso. As pessoas zombavam do meu jeito de ser. Quando escreveram as palavras ‘eu’, ‘sou’, ‘gay’ com pasta de dente em mim e em mais dois atletas, por exemplo, estava embutido ali, naquele assédio moral, o peso de ser homossexual. Ser gay era uma vergonha tão grande que a palavra servia como xingamento”, relata Diego Hypólito.