Refugiados homossexuais do Oriente Médio, sobretudo do Irã, tem utilizado a Turquia como rota de passagem para esperar no país até que sejam acolhidos por uma nação ocidental. Como é o caso de Ramtin, jovem, de 27 anos que está em proteção da Agência de Refugiados da ONU (Acnur). Em entrevista a Agência Afe, contou detalhes do seu processo de fuga de sua terra natal.
Natural de Teerã, o rapaz decidiu fugir para Istambul, por causa da sua família, que não a sua orientação sexual. No início ele se instalou em Yalova, mas não achou muito seguro. “O registro diz que vivo em Yalova, mas lá só aguentei ficar por duas semanas. Não é um lugar seguro para um homossexual. Istambul também é perigosa, mas é muito melhor que outras cidades”, afirmou.
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Ramtin chegou a conseguir um visto para os Estados Unidos, mas teve suas expectativas frustradas após o anúncio do veto do presidente Donald Trump Istambul também é perigosa, mas é muito melhor que outras cidades. “Não posso aguentar mais assim. Me disseram que tinha que esperar três meses, agora já são seis. Não consigo pensar em outra coisa. Só quero ir embora daqui e sentir minha vida andar para frente”, desabafou.
O motivo para os mais de 1.900 refugiados orientais escolherem a Turquia como abrigo são que, ao contrário da maioria dos países muçulmanos, não há leis que penalizem a homossexualidade, apesar do governo se mostrar cada vez mais conservador. Nos últimos anos mais de 3 milhões de pessoas nessas condições foram acolhidas em território Turco, a maioria na Guerra da Síria.