O deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) entrou com uma ação na justiça por danos morais contra o padre Júlio Lancelotti, coordenador da Pastoral de Rua de São Paulo, que o chamou de “racista, machista e homofóbico”, em um vídeo que circulou pelas redes sociais em março, gravado durante a homilia, que marcava o primeiro domingo da Quaresma na Capela de São Judas Tadeu, em São Paulo.
O parlamentar abriu o processo em abril, na 7ª Vara Cível, Regional da Barra da Tijuca, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e pediu uma indenização no valor de R$ 50 mil. O religioso confirmou que recebeu a notificação judicial no início deste mês e aguarda para prestar depoimento em sua defesa.
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“Eu espero de que fique claro de que não é uma ofensa pessoal à pessoa dele. Mas não posso deixar de alertar a comunidade onde estou de que homofobia, machismo, racismo e todas essas posições são inadequadas para a humanização da vida”, afirmou Lancelotti.
Antes de entrar com a ação, Bolsonaro chegou a mandar uma carta à Arquidiocese pedindo para que o padre se retratasse. Porém, o sacerdote afirma apenas ter reproduzido frases que o próprio político falou. como “Ter filho gay é falta de porrada”, “Tive quatro filhos homens. O quinto eu dei uma fraquejada e nasceu mulher”.