Um homem de Curitiba foi condenado a 32 anos de reclusão em regime fechado pelo assassinato de dois homens a facadas em 2009. De acordo com o Ministério Público, o crime foi motivado por homofobia e intolerância religiosa. A sentença foi expedida pelo Tribunal do Júri da Capital.
O caso ganhou bastante repercussão na época, por causa de uma das vítimas ser um pai de santo, famoso na região. Os homicídios, inclusive, aconteceram dentro da casa do religioso, onde também funcionava um, no bairro de portão, da capital paranaense.
O assassino teria marcado um encontro sexual com os dois homens, porém, em um dado momento, o réu passou a agredir o pai de santo e o atingiu com 18 golpes de faca. O outro envolvido tentou intervir na agressão, e acabou também sendo esfaqueado, e morrendo em seguida.
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Após cometer o ato, o réu dormiu na casa do religioso, sendo encontrado no dia seguinte por duas parentes do pai de santo. Ele ainda as ameaçou com a arma do crime e fugiu levando os pertences dos homens assassinados.
Segundo o processo, o homem tentou, por várias vezes, desqualificar as vítimas por serem homossexuais e também teria se referido ao pai de santo como “macumbeiro”.
Durante o julgamento, ficou comprovado ainda que o criminoso tem o perfil higienista e seletivo. Pelas mortes, o réu foi condenado a 24 anos de prisão e pelo roubo a oito anos, somando os 32 anos de reclusão em regime fechado. Ele já havia sido condenado a 17 anos de cadeia pela morte de uma prostituta, em abril de 2015, após ouvir a decisão do júri, ele se dirigiu novamente para a sua cela.