O mecânico Luan Santos Gonçalves, foi condenado a 14 anos de prisão em regime fechado, na última quarta-feira (30), pela morte da transformista Lady Butterfly, na cidade de Porto Seguro, no Sul da Bahia, em 2013. O assassino teria atingido a vítima a facadas, que estava em sua casa no momento do ataque. Mesmo ferida, ela conseguiu caminhar até a rua para pedir ajuda.
Veja também:
- Apesar de recorde histórico, investimento federal LGBTQIA+ ainda é insuficiente
- Legislação transfóbica desafia movimento trans e aliados a investirem em resistência institucional
- Associações defendem direitos de crianças e adolescentes no STF contra lei que censura a Parada LGBTQIA+
- CNJ proíbe discriminação de pessoas LGBTQIA+ na adoção, guarda e tutela
- Enquanto aguarda nomeação de Lula, PGR interina defende direitos de travestis e transexuais presas
- Como ser um aliado de pessoas trans sem invisibilizar e protagonizar seu papel
- Crivella deixa cariocas sem remédio para tratamento da AIDS
- Ex-empresário de Dudu Camargo diz que apresentador quer mudar imagem de gay assediando mulheres
- World Athletics diz que atletas trans não podem ser proibidos de competir em SP
- Assexualidade gera dúvidas e polêmica entre LGBTs
- Quadrinho do Chico Bento mostra conceito de família com casal gay
- Japão testa drogas anti-HIV contra coronavírus em meio a aumento de casos
- Homofobia: professor é espancado e torturado por horas após ter vídeo íntimo vazado
- Coronavírus: precisamos nos alarmar no carnaval? Dr. Maravilha explica
- Presidente Bolsonaro veta propaganda do Banco do Brasil que investia em diversidade
- Mocha Celis, uma escola com afeto e esperança
- Ney Matogrosso: o deus camaleônico da música brasileira
- Homofobia Velada
O juri popular, realizado no Fórum Osório Borges de Menezes, em Porto Seguro, aconteceu por mais de dez horas (entre 11h e 21h). Após a decisão, Luan foi encaminhado novamente para o presídio de Eunápolis, onde se encontrava detido há três anos e nove meses, sob custódia.
Na época do crime, a polícia havia descoberto Luan na cidade de Vitória da Conquista, no Sudoeste Baiano, no momento em que tentava fugir para Três Lagos, no Mato Grosso do Sul. Em sua defesa, o autor do crime teria dito que matou Butterfly por legítima defesa. Porém, laudos periciais e o exame de corpo delito não acusaram nenhuma marca de luta corporal no corpo do acusado.
Leia Mais:
Suprema Corte de Israel nega pedido de reconhecimento ao casamento gay
Empresário do boxe inicia transição para se tornar mulher
A investigação sob responsabilidade do delegado Élvio Brandão ainda revelou que o homem não prestou socorro a vítima, em um crime que teria sido por motivação passional. A transformista chegou a ser levada para o Hospital Luís Eduardo Magalhães, mas não resistiu aos ferimentos e morreu horas depois.
No início das investigações havia a suspeita de latrocínio ( roubo seguido por morte), mas logo a teoria foi descartada, Luan chegou a afirmar que roubou objetos na casa da vítima para arrecadar dinheiro para a fuga.