O papa emérito Bento XVI, conhecido por declarações anti-LGBT, afirma em nova biografia que opositores desejam calar sua voz e compara o casamento homoafetivo ao “anticristo”. A biografia autorizada foi publicada nesta segunda-feira (4) na Alemanha.
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O alemão Joseph Ratzinger, 93 anos, alega ser vítima de uma “distorção maligna da realidade” na biografia chamada “Bento XVI – Uma Vida” que inclui várias entrevistas com trechos publicados pela imprensa alemã e pela agência de notícias DPA.
O Papa Bento XVI tem posicionamento muito diferente de seu sucessor Papa Francisco, que sempre se posicionou positivamente às lutas de populações LGBTQIA+ por igualdade e respeito.
Segundo o portal Estado de Minas, Bento XVI se viu envolvido em uma polêmica quando seu secretário particular foi afastado após publicação de um livro assinado pelo papa emérito e o cardeal ultraconservador Robert Sarah, no qual defendiam o celibato dos padres, um tema muito polêmico na Igreja.
Na biografia publicada nesta segunda-feira, Bento XVI reitera a oposição ao casamento gay, afirmando que vê neste a obra do “anticristo”, uma força maléfica que busca substituir Jesus Cristo.
“Há um século seria considerado absurdo falar sobre casamento homossexual. Hoje, quem se opõe a ele é excomungado da sociedade. Acontece a mesma coisa com o aborto e a criação de vida humana em laboratório”, completa.
“A sociedade moderna está formulando um credo ao anticristo que supõe a excomunhão da sociedade quando alguém se opõe”, insistiu Bento XVI. De acordo com o papa emérito, “a verdadeira ameaça para a Igreja é a ditadura mundial de ideologias que se pretendem humanistas”.