O aplicativo de encontros gays Grindr anunciou que removerá seu filtro de etnia em solidariedade ao movimento Black Lives Matter. O aplicativo, que há muito tempo é criticado por deixar o racismo, a xenofobia, a transfobia, a femmefobia sem controle, publicou o anúncio na última segunda, dia 1.
“Não ficaremos calados”, escreveram eles em um tweet. O tweet incluiu um comunicado, também publicado na conta do Instagram, que indicava que a empresa que foi vendida recentemente por mais de US$ 600 milhões, também está fazendo doações.
“Somos solidários ao movimento #BlackLivesMatter e às centenas de milhares de pessoas de cor que fazem uso do nosso aplicativo todos os dias”, diz o post. A notícia chega quando revoltas eclodem em todo o país por causa de uma série de assassinatos policiais com vítimas negras.
“Não ficaremos em silêncio e não ficaremos inativos. Hoje estamos fazendo doações para o Instituto Marsha P. Johnson e o Black Lives Matter, e exortamos você a fazer o mesmo, se puder. Continuaremos a combater o racismo no Grindr”, disse o comunicado.
“Como parte desse compromisso, e com base nos seus comentários, decidimos remover o filtro de etnia de nosso próximo lançamento “. A empresa ainda não anunciou quanto foi doado aos esforços mencionados.
O filtro por etnia
O filtro permite que aqueles que pagam pelo serviço (ou todos, quando a empresa está executando uma promoção) filtrem seus resultados de pesquisa pelas etnias que os usuários têm em seu perfil.
Ele foi objeto de pelo menos uma ação judicial, mas também é apenas um aspecto de uma experiência de usuário extremamente tóxica para muitas pessoas de cor que usam o aplicativo. Vários estudos mostraram que isso prejudicou a saúde mental de usuários.