Victor Madrigal-Borloz, pesquisador da ONU, fez pesquisa em que recolheu depoimento de pessoas em todos os continentes do mundo e declarou que práticas de terapia para “cura gay” ‘têm como alvo exclusivamente atingir a integridade pessoal e autonomia de pessoas LGBT+ porque sua orientação sexual ou identidade de gênero não são parte do que é considerado uma norma desejável”.
Na última quarta (8), o especialista independente da Organização das Nações Unidas, que pediu a proibição desse tipo de prática no mundo, declarou em nota: “Essas práticas constituem uma violação flagrante dos direitos a integridade física, saúde e livre expressão da orientação sexual e da identidade de gênero de uma pessoa”.
Recentemente, a Ordem dos Psicólogos da Albânia decidiu por proibir seus profissionais de realizarem no território nacional as terapias de conversão, a famosa “cura gay”. A norma já se tornou uma tendência em diversos países.
Segundo O Globo, Borloz disse em sua nota que “Quando feitas a força, elas representam uma violação da proibição da tortura e dos maus-tratos”, acrescentando que ouviu depoimentos como: “Meus pais me mandaram para a cura gay. E o terapeuta abusou de mim”.
As ‘terapias’ de reversão sexual são praticadas sobretudo nos EUA mas também na Europa. No Brasil, uma decisão do STF suspendeu a permissão para esse tipo de prática, que costuma ser aplicada contra a vontade de adolescentes homossexuais ou transgênero.