Após 18 anos desfilando em defesa a escola de samba Camisa Verde e Branco, a bailarina transgênero Camila Prinss foi coroada pela primeira vez como rainha da bateria da agremiação paulistana, que desfilou na Sapucaí, na madrugada desta segunda-feira (12).
Primeira trans a defender o posto, Prinss falou da emoção de receber o título em entrevista ao G1. “Estou muito emocionada, muito feliz. Esperei por 18 anos para levantar a bandeira LGBT no carnaval. Desfilar na frente da bateria é um sonho”, declarou.
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Inspirada em obras do autor Mario de Andrade, a modelo entrou na avenida vestida com uma fantasia que representa a população indígena brasileira. O sucesso já lhe rendeu convites para trocar de agremiação, possibilidade descartada por ela. “Não vou deixar a Camisa para trás. Ela que abriu meus caminhos e me deu essa grande oportunidade.”
Com a inclusão e a diversidade como temas cada vez na sociedade, a escola espera que a Rainha de bateria sensibilize os jurados para voltar ao Grupo de Acesso e voltar a elite do carnaval paulista.
Camila Prinss, de 38 anos, será a primeira rainha de bateria trans a desfilar no carnaval de SP pela Camisa Verde e Branco #globeleza #G1 pic.twitter.com/U6Xs27D6ZQ
— G1 – São Paulo (@g1saopaulo) 12 de fevereiro de 2018