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Igrejas na Índia querem integrar pessoas trans

Igrejas na Índia querem integrar pessoas trans

Não é segredo que as religiões cristãs têm dificuldade com as pessoas LGBTQIAPN+. Histórias de horror, preconceito, discriminação, exorcismos e supostas curas são de conhecimento geral. As razões para essas atitudes não são simples e mudar o panorama não será fácil.

Importante ter em mente que as confissões religiosas estão inseridas em sociedades e com elas se relacionam. Todas elas sofrem influência das pessoas estranhas a elas, assim como as estranhas são por elas influenciadas. Ou seja, as religiões frequentemente endossam aquilo que as comunidades onde elas estão apoiam, principalmente em questões de moral e ética. Um dos caminhos é esse: o preconceito social encontra abrigo naquela fé. O outro é: o preconceito social é introduzido através daquela religião. Há exemplos dos dois lados.

Este ano igrejas cristãs tomam um passo importante, através da declaração abaixo, traduzida do sítio do Conselho Nacional de Igrejas Indianas.

A Declaração

O Fórum Ecumênico Nacional para a Diversidade de Gênero e Sexual (NEFGSD) foi criado pela então Comissão NCCI sobre Justiça, Paz e Criação do Conselho Nacional de Igrejas na Índia como uma expressão de compromisso fiel com o Evangelho libertador de Cristo no acompanhamento das Minorias de Gênero e Sexuais, a fim de afirmar seu respeito, igualdade e dignidade.

O NCCI afirma que gênero e sexualidade são dádivas divinas e, portanto, Deus pretende que celebremos essa dádiva divina em relacionamentos comprometidos e consensuais. É nessas celebrações de nosso gênero e sexualidade que crescemos na plenitude de nossa humanidade e experimentamos Deus de uma maneira especial.

O NCCI acredita que a Igreja como “Comunidade Justa e Inclusiva” é chamada a se tornar uma comunidade sem muros para alcançar pessoas estigmatizadas e demonizadas, e ser uma comunidade que ouve para entender suas dores, desejos e esperanças.

Portanto, o NCCI vê a Igreja como um espaço para os marginalizados que têm sede de compreensão, amizade, amor, compaixão e solidariedade, e para se juntarem às suas lutas para viver a vida que Deus lhes deu.