1) O que levou a formação do coletivo mães pela liberdade?
Em 2017, um grupo de mães de MG se reuniu e passou a integrar o Mães pela Diversidade, entidade de âmbito nacional. Este grupo cresceu e percebeu que tinha chegado a hora de ter um coletivo nosso. Independente e que atendesse às especificidades de cada região de Minas. Assim surge o Mães pela Liberdade MG, em 2020. Constituído, inicialmente, pelo mesmo grupo de mães. Desde então, o Coletivo vem crescendo e se consolidando em todo o Estado.
Nosso objetivo sempre foi:
- o de acolher pais e mães de filhes LGBTQIA +
- lutar pelos seus direitos
- combater o preconceito
- exigir políticas públicas que assegurem a sua existência digna
- demandar oportunidades de inserção plena no mercado de trabalho.
2) Quais são as maiores preocupações que as famílias das pessoas trans têm?
A maior preocupação é com a segurança de nosses filhes. Principalmente em razão do aprofundamento do preconceito e banalização da violência. Estes incentivados pelas atitudes de alguns ocupantes em posição de poder.
Faltam:
- organização e disponibilização de informações. Onde e como procurar acompanhamento para nosses filhes?
- serviços credenciados para tais atendimentos. O HC tinha e foi desmontado. Segundo informações, por preconceito e resistência da própria faculdade de medicina/diretoria).
Outro tema de preocupação é que cada vez mais cedo as crianças estão se reconhecendo trans. E a socialização delas nas escolas e outras instituições ainda não é bem compreendida, com exceções.
3) Quais são as frentes de luta mais urgentes neste momento?
- O combate ao preconceito e criação de espaços para acolhimento e cuidados com a saúde física e mental de nosses filhes
- A implementação de políticas e projetos de capacitação e treinamento de equipes de saúde. Isto é necessário em todos os níveis. É essencial compreender que a população trans tem especificidades para atender e lidar
- Ampliar a rede de ambulatórios trans nas cidades-polo do Estado de Minas Gerais