Como a LGBTfobia afeta a saúde mental de pessoas LGBTQIAPN+

Como a LGBTfobia afeta a saúde mental de pessoas LGBTQIAPN+

Preconceito, falta de aceitação social, pressão familiar, bullying, não identidade de gênero, expulsão de casa e de espaços religiosos são alguns dos desafios enfrentados pela população LGBTI+, sigla para pessoas lésbicas, gays, bissexuais, transgêneras e intersexuais de acordo com diretriz da ONU.  

Essas situações podem causar uma confusão emocional angustiante, que propiciam o adoecimento emocional e que, em alguns casos, podem levar a transtornos de ansiedade e depressão.

Não podemos esquecer que o termo homofobia não contempla todos os tipos de sexualidade, sendo a LGBTfobia o termo correto e que se trata do ódio ou da rejeição às pessoas que pertencem a essa comunidade. 

A LGBTfobia refere-se à hostilidade, discriminação e violência direcionadas a pessoas que se identificam como LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros). Esse tipo de preconceito pode manifestar-se de diversas formas, como em atitudes sociais, políticas e culturais, e gera uma série de impactos psicológicos profundos nas vítimas.

Impactos Psicológicos:

  • Ansiedade e Depressão: O medo constante de ser rejeitado ou agredido por sua identidade pode levar a altos níveis de ansiedade e depressão. As pessoas LGBT frequentemente enfrentam estigmas que as isolam socialmente.
  • Baixa Autoestima: A discriminação pode criar uma imagem negativa de si mesmo, resultando em baixa autoestima. As vítimas podem internalizar a homofobia, acreditando que são inferiores ou menos dignas de amor e respeito.
  • Estresse Pós-Traumático (TEPT): Aqueles que sofreram agressões físicas ou psicológicas podem desenvolver TEPT, que inclui flashbacks, pesadelos e evitação de situações que lembram o trauma.
  • Risco Aumentado de Comportamentos Autodestrutivos: Algumas pessoas LGBT, devido ao estigma e à rejeição, podem recorrer a comportamentos autodestrutivos, como o abuso de substâncias ou a automutilação, como forma de lidar com a dor emocional.
  • Dificuldades em Relacionamentos: A LGBTfobia pode prejudicar a capacidade de construir e manter relacionamentos saudáveis, pois a desconfiança e o medo de rejeição interferem na intimidade.
  • Desconexão da Comunidade: O preconceito pode levar à alienação de redes de apoio. Muitas pessoas LGBT se sentem excluídas dos espaços sociais e familiares, agravando seu estado emocional.

Conclusão

A luta contra a LGBTfobia é essencial não apenas para a proteção dos direitos humanos, mas também para promover a saúde mental das pessoas LGBT. É fundamental que a sociedade envidasse esforços para educar sobre diversidade, promover a aceitação e criar ambientes seguros e acolhedores, minimizando assim os impactos negativos da discriminação.

Fábio Alves além de ser Enfermeiro é Psicanalista ele é pós graduado em sexualidade, psicanálise, terapia de casais e família, TCC , Psicologia Hospitalar e tem um quadro na Rádio Tropical fm 91,5 do RJ todas as segundas às 10h e Colunista do site Observatório G.
Você também pode encontra lo no Instagram @fabiopsicanalista