Ao pensarem em gravidez e parto para muitos irão relacionar a temas relacionados a feminilidade e a um pensamento que vem da cultura e tradições extremamente preconceituosa.
A uma semana atrás vimos a deputada federal Érika Hilton ter que falar várias vezes pra outra deputada respeitar a fala dela sobre as pessoas que Gestão ,aonde a outra gritava que só mulheres podem engravidar. Falas essas que mostram o preconceito que não vem só do senado. Mais vem de todo o Brasil.
Sim, homens transgênero podem engravidar. De fato, eles engravidam na mesma proporção que pessoas que se identificam como mulheres cis.
Os sistemas de saúde não estão organizados a terem como receber um tratamento adequado e empático para cuidar da gestação e do parto desses homens.
Em alguns outros países se encontram dispositivos específicos para isso mais infelizmente no Brasil não se encontra muitos profissionais que deem especificamente esse suporte a esses homens. Ainda não há muita educação institucionalizada sobre homens trans grávidos.
É a cultura que permeia a gravidez que precisa mudar.
Quase tudo que encontramos sobre a gravidez, desde fontes até produtos, está centrado no conceito de “maternidade.” Isso faz com que esses homens trans grávidos não se sintam que participam dessa gravidez e não pertencente aos espaço que disponibilizam serviços para ajuda lós na gravidez.
Reconheço que, para uma pessoa trans ou não conformante, uma gravidez pode ser grande causa de disforia de gênero quando profissionais de saúde não têm o treinamento e o atendimento adequados. O modo de Gravidez do Clue foi idealizado para incluir todos os tipos de pessoas grávidas. Ele é neutro em gênero para reduzir a possibilidade de disforia ao máximo.
Se você trabalha com saúde , e um homem trans ou você que está lendo essa matéria quer aprender mais sobre como prover melhor atenção e atendimento às pessoas transgênero acesse guia do Ministério da Saúde com muitas informações.
Este guia é baseado em ciência e cheio de informações que você precisa saber sobre a gravidez e o desenvolvimento fetal.
Oque mais importa é que devemos tratar essas pessoas que gestão com todo respeito, carinho e empatia do mundo.
O colunista Fábio Alves além de ser psicanalista ele é pós graduado em sexualidade, psicanálise, terapia de casais e família, TCC e tem um quadro na Rádio Tropical fm 91,5 do RJ todas as segundas às 10h. Você também pode encontra lo no Instagram @fabiopsicanalista