REPRESENTATIVIDADE

75% dos indicados a Melhor Ator em minissérie do EMMY 2024 são gays

Matt Bomer, Andrew Scott e estátua dos EMMYs
Daniele Venturelli/Daniele Venturelli/Getty Images; Michael Buckner/Variety via Getty Images; Sama Kai/Dave Benett/WireImage

Os prêmios EMMY são o maior prestígio da televisão norte-americana. Um levantamento recente do Gay Times apontou que mais da metade dos indicados a “Melhor ator principal em uma minissérie, antologia ou filme para a TV” é queer.

Incialmente, contudo, o portal de notícias noticiou que um dos indicados, o ator Tom Hollander, teria se assumido queer.

A informação foi mais tarde contradita por internautas seguidores da página.  Hollander, em entrevista, apenas disse que sua identidade sexual o permite interpretar homossexuais. O ator, no entanto, não fez menção a nenhum rótulo.

Com a reportagem inicial do Gay Times, o total de identidades minoritárias no rol de indicados iria para quatro entre cinco atores.

Com exceção de Jon Hamm, ator heterossexual indicado para Fargo, isso equivaleria a 80% de representatividade queer na premiação.

Cabe lembrar que, enquanto Hollander ele mesmo não declara sua bissexualidade ou fluidez sexual, não justifica tirá-lo do armário tão cedo.

A categoria queer para os americanos é usada para identificar qualquer sexualidade fluida, sendo muitas vezes aplicada também a aliados.

Confira os indicados que se declaram LGBTQIA+ aqui embaixo:

Richard Gadd por Bebê Rena (Netflix)

 Richard Gadd, ator escocês e criador de “Bebê Rena”, declarou-se bissexual depois que a repercussão da série na Netflix o transformou em assunto. A notícia de sua sexualidade não foi, porém, recebida sem uma dose de controvérsia.

Num podcast gringo, o “Pop Culture Happy Hour”, os coanfitriões de um episódio sobre Bebê Rena criticaram o ator.

Segundo os podcasters, isso seria má representatividade para a sigla, pois abre brecha para interpretações complicadas do espectro de sexualidade igualado ao trauma representado na série.

O Pop Culture foi severamente criticado pelos ouvintes, principalmente no Reddit, que consideraram a opinião redutora e incompreensiva.

Andrew Scott por Ripley (Netflix)

Andrew Scott, ou o “padre gato de Fleabag”, é homossexual.

Junto a Dakota Fanning, o ator protagonizou remake de “Talentoso Mr. Ripley”, história de Patricia Highsmith. A série “Ripley” da Netflix teve bom acolhimento da crítica, mas pouca adesão da opinião popular.

Completamente em preto e branco, a trama é sustentada por uma excelente interpretação de Fanning e Scott, um dos favoritos para levar a estatueta.

Matthew Bomer por Fellow Travellers (Paramount+, Prime Video)

Com cenas de sexo para esquentar esse frio de julho e fazer inveja nos solteiros, “Fellow Travellers” é um drama baseado no livro homônimo de 2007, do autor Thomas Mallon.

A história registra o caso de amor às escondidas entre um político dominador e um ingênuo jornalista.

Bomer contracena na minissérie com Jonathan Bailey, também homossexual, que ficou famoso por interpretar Anthony em “Bridgerton”. O ator não recebeu indicação por seu papel na minissérie.

O portal de notícias Gayety listou todos os indicados LGBTQIA+ desses EMMYs.