Anne Frank foi uma adolescente judia que viveu durante a Segunda Guerra Mundial. Nascida em Frankfurt, Alemanha, Anne se mudou para Amsterdã, Holanda, em 1929 para fugir da perseguição nazista aos judeus.
Recentemente, novas páginas de seu famoso Diário fizeram surgir a pergunta: Anne Frank era lésbica? O Diário de Anne foi censurado durante muitas vezes na história, mas a supressão mais famosa foi a edição que fez seu pai, em 1947, que retirou trechos muito pessoais da obra.
Anne se tornou um símbolo de resistência ao nazismo, além de seu diário famoso ter servido como exemplo da crueldade da perseguição religiosa e étnica aos judeus.
O Diário de Anne Frank é um registro de seus medos, sonhos e esperanças. Mas, além disso, é também um retrato do cotidiano de judeus abrigados durante a Segunda Guerra Mundial.
O Diário de Anne é um documento histórico bastante relevante, não só porque mostra o dia a dia de fugitivos do Holocausto, mas porque mostra a intimidade de uma adolescente europeia desse período.
Anne Frank sentia atração por meninas
Enquanto Anne esteve abrigada nos fundos da empresa de seu pai em Amsterdã, ela escreveu muitas confissões.
Entre elas, a jovem alemã disse: “Eu me lembro que uma vez, quando dormi com uma amiga eu tive um forte desejo de beijá-la, e isso eu fiz”.
“Eu não pude evitar ficar terrivelmente curiosa sobre o corpo dela, pois ela sempre o mantivera escondido de mim”.
“Eu perguntei para ela se, como prova de nossa amizado, nós podíamos sentir os seios uma da outra, mas ela recusou”.
Anne disse ainda: “Eu entro em êxtases sempre que vejo a figura nua de uma mulher, como Vênus, por exemplo”.
No entanto, Anne não cita em seu Diário somente atração por meninas, mas também por meninos. Em uma breve e famosa passagem, ela comenta sobre sua reação com Peter, seu amigo.
“Eu vi sua timidez, e eu derreti”, diz ela sobre o encontro com Peter.
Depoimento da melhor amiga
A menina citada por Anne Frank em seu Diário é Jacqueline van Maarsen, que fez um depoimento sobre a passagem no site oficial de Anne Frank.
“Tivemos uma relação próxima e eu gostava de ficar com ela, mas ela era possessiva e eu não sabia como lidar com isso”.
Ela continuou: “Suas declarações apaixonadas de amizade eram demais para mim às vezes”.