Bondage é uma prática BDSM que consiste em prender, amarrar e restringir o parceiro, consensualmente, para aumentar o prazer sexual.
O bondage pode contar com uso de corda, algemas, coleiras, fita adesiva, correntes, entre outros. Além disso, o parceiro submisso pode usar mordaças, vendas e outros instrumentos.
Apesar de um fetiche famoso do BDSM, o bondage não precisa ter ligação com as práticas de dominação e submissão. Além disso, a prática pode ter objetivos meramente estéticos.
O que é o BDSM?
Segundo a pesquisadora e escritora Kayla Lords, em seu livro BDSM 101, o bondage se trata de uma “transferência temporária de controle e poder“.
Ceder temporariamente o controle de si é um atributo em comum de todas as práticas BDSM (Bondage, Disciplina, Sadismo, Masoquismo). O fetiche de amarrar o parceiro, inclusive, faz parte da sigla, e além disso pode ser usado sexualmente ou não.
O bondage é uma prática sexual?
Segundo Silva (2018), “nas relações BDSM, a posição de dominação não possui gênero, podendo, portanto, ser desempenhada por homens ou mulheres”.
Em seu artigo SciELO, o autor introduz o conceito dessa prática como “técnicas de autocontrole ao lado de cordas e habilidades de amarração”. Nesse sentido, a transferência de poder e controle é consensual, e faz parte do acordo entre parceiros.
No entanto, o fetiche não necessariamente envolve práticas sexuais de penetração. Além disso, o parceiro submisso pode sentir prazer em simplesmente estar vulnerável e imobilizado.
Bondage ou bondagismo
No episódio 8 do programa Surubaum, apresentado por Giovana Ewbank e Bruno Gagliasso, no dia 16 de julho de 2024, o convidado André Marques, ex-Globo, falou sobre o “bondagismo”.
“Tem vários tipos (…) tem uns que você aplica com oxigênio, afogamento, tem várias culturas sexuais dentro do ‘bondagismo’. Se sua amiga te informou bem, não tem dor, de machucar, são apenas trabalhos com controles do corpo e respiração, porque o seu orgasmo é controlado pelo seu oxigênio. Se você perder a respiração, você vai se embaralhar todo”, explicou Andre.
Bondage e meditação
O educador sexual norte-americano Orpheus Black promove divulgação de um estilo meditativo de amarração consensual. Segundo ele, o bondage meditativo é ideal para a prática de centramento em que ceder o controle é acalmar a mente.
“É uma maneira de se sentir cuidado e protegido, um método para clarear a mente e se soltar. Algo similar àquilo que os pais fazem ao envolver os bebês com mantas – esta forma de contê-los faz com que se sintam seguros e cuidados. A ideia é a mesma“, contou Black ao site Mashable.