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Direito a Deus

A Bíblia além da letra Parte I – Deusa Nut

Uma análise de quando o povo de Israel foi repreendido por edificar uma abóbada

Publicado em 23/03/2022

Muitos cristãos atacam a teologia inclusiva e defendem a leitura bíblica na literalidade, por entenderem que ela é suficiente para se alcançar plenamente todos os seus preceitos.

Apesar desse entendimento equivocado, há alguns textos que falam de deuses pagãos por meio de símbolos, não sendo possível a plena compreensão sem o auxílio de fontes externas.

No livro do profeta Ezequiel, capítulo 16, versículo 24, o autor faz menção a uma abóbada, condenando a idolatria praticada pelo povo de Israel. A passagem diz:

Que edificaste uma abóbada e fizeste lugares altos por todas as ruas

A abóbada é uma estrutura arquitetônica de formato curvado. Há indícios de que as primeiras abóbadas foram construídas durante o período neolítico, em 6.000 a.C, na região onde hoje está o Chile.

O Império Romano aperfeiçoou esse tipo de construção esférica, espalhando-a por toda a Europa e Oriente Médio na época, principalmente na construção de termas. Na Idade Média, a Igreja Católica fez uso de tetos abobadados para as igrejas e catedrais por todo o mundo, principalmente no período de influência da Arquitetura Gótica.

A Bíblia de Estudo Palavra-Chave Hebraico-Grego da CPAD nos diz que o original da palavra abóbada é “gabh”, oriunda de uma raiz em desuso, a qual significa “curvar” ou “costas arredondadas”.

Quando a bíblia condena a adoração de uma abóbada, ela está se referindo aos rituais feitos à deusa Nut do Egito, considerada a “Grande Deusa”, “Rainha do Céu”, a qual era representada por uma abóbada, com suas costas curvadas, conforme figura.

Com o seu corpo alongado, coberto por estrelas, a deusa Nut forma o arco celeste que se estende sobre a terra, simbolizando um abraço da deusa do céu.

Há relato de que no túmulo do faraó Tutancâmon foi encontrado junto a sua múmia um peitoral no qual era invocado a proteção desta deusa: “Nut minha divina mãe, abre tuas asas sobre mim enquanto brilharem nos céus as imorredouras estrelas”.

Interessante que o versículo 26 diz que Israel se prostituiu com os filhos do Egito. O termo “prostituir” era utilizado para se referir à idolatria do povo hebreu com os deuses pagãos. E Deus havia alertado o povo hebreu de que não deveriam se envolver com as obras do Egito, terra de onde eles haviam sido tirados.

Pois é. Do mesmo modo que a bíblia traz simbologias de deuses, ela também fala de rituais a esses deuses, sem, contudo, trazer informações expressas, sendo necessária a pesquisa de fontes externas. E é isso que a teologia inclusiva tem feito para descortinar os textos utilizados indevidamente para condenar LGBTIs.

Engraçado que quem defende a leitura literal das escrituras nem percebe que as várias Bíblias de Estudo são formadas através de pesquisas de fontes históricas, arqueológicas, culturais, sociais e linguísticas.

Dá para entender?

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