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Direito a Deus

O que os ensinos rabínicos falam acerca da Lei da Hospitalidade

Entre as várias falas do cristianismo acerca da passagem de Sodoma, o que os ensinos rabínicos judaicos dizem acerca do pecado que levou à destruição dos sodomitas

Publicado em 03/06/2022

A Torá é mais comumente conhecida como o conjunto da Escritura formado pelo Pentateuco (Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio). O Rabi ou Rabino é o mestre ou doutor, que interpreta e ensina as escrituras. Lembremos que Jesus era chamado como Rabi (Evangelho Segundo Marcos 14:45) e como Mestre (Evangelho Segundo Mateus 22:36).

O Judaísmo Rabínico surgiu promovendo a obediência às Escrituras hebraicas, especialmente a Torá, em face da pressão cada vez maior de se acomodar à cultura greco-romana (Klein, William W. Introdução à Interpretação Bíblica. Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil, 2017. Pág.88)

Esse ramo do judaísmo explica a passagem de Gênesis 19 e a importância da Lei da Hospitalidade ou Lei do Deserto.

A Lei da Hospitalidade era uma prática tão importante que após o povo de Israel sair do Egito, Moisés registra como lei:

O estrangeiro não afligirás, nem oprimirás; pois estrangeiro fostes” (Êxodos 22:21).

Observe como esse contexto é abordado na obra “Ensinamentos da Torá – Conciliando a História Judaica com a Fé Cristã”, com notas de Kent Dobson:

Por que Sodoma e Gomorra foram destruídas? A resposta fácil: por causa de sua maldade, imoralidade e idolatria. No entanto, até mesmo chamar os habitantes dessas cidades de sodomitas é perder de vista o principal. Mesmo com os homens de Sodoma querendo abusar dos convidados de Ló, a ofensa envolvia mais do que isso. A destruição da cidade não parece ter sido devido à idolatria pagã, já que todas as cidades eram idólatras naquela época. O povo de Sodoma não recebera nenhuma lei de Deus: nem Torá, nem Moisés, nenhuma lista de regras. Havia alguma “lei” não escrita de conduta moral pela qual Deus os estava julgando? No mundo antigo, a hospitalidade era um ideal moral elevado, um tipo de “lei do deserto”. Todos os povos nômades e seminômades precisavam da hospitalidade de vez em quando. Acolher um estrangeiro ou um estranho em sua própria tenda garantia o mesmo tratamento quando a pessoa precisasse de hospitalidade. No mundo antigo, a expectativa em relação aos anfitriões era que eles providenciassem comida, abrigo e proteção para o estrangeiro, o que é claramente confirmado tanto nas fontes extrabíblicas como na própria escritura.”

Note como os ensinos judaicos até afastam o abuso sexual em si, assim como a possibilidade de destruição em decorrência da idolatria, e aponta a causa da ira de Deus para o ato de violação da lei da hospitalidade.

Quando se fala acerca da idolatria, deve-se ter em mente o que o profeta Ezequiel disse sobre Sodoma:

“Eis que esta foi a maldade de Sodoma, tua irmã; soberba, fartura de pão, e abundância de ociosidade teve ela e suas filhas; mas nunca esforçou a mão do pobre e do necessitado. E se ensoberbeceram, e fizeram abominações diante de mim; portanto, vendo eu isto as tirei dali.” (Ezequiel 16:49-50)

A palavra ‘abominações’ é do hebraico ‘toevah’, a qual significa ‘abominações de ordem ritualística’, ou seja, idolatria.

Sodoma era uma cidade que praticava os mesmos rituais idólatras pagãos de toda a região Cananéia. Os cultos da fertilidade com prostituição cultual também eram realizados pelos sodomitas.

A despeito disso, o ensino judaico indica como motivo da destruição da cidade de Sodoma a violação da Lei da Hospitalidade, o que confirma o que as Escrituras falam de Sodoma:

“Se o SENHOR dos Exércitos nos não deixara algum remanescente, já como Sodoma seríamos, e semelhantes a Gomorra. Ouvi a palavra do SENHOR, vós príncipes de Sodoma: prestai ouvidos à lei de nosso Deus, vós, ó povo de Gomorra.(…) Aprendei a fazer bem; praticai o que é reto; ajudai o oprimido: fazei justiça ao órfão; tratai da causa das viúvas.” (Isaías 1:9-10 e 17)

“Deixa os teus órfãos: eu os guardarei em vida; e as tuas viúvas confiarão em mim.(…) Será como a destruição de Sodoma e Gomorra, e dos seus vizinhos, diz o SENHOR: não habitará ninguém ali, nem morará nela filho de homem.” (Jeremias 49:11 e 18)

“E, se ninguém vos receber, nem escutar[ouvir] as vossas palavras, saindo daquela casa ou cidade, sacudi o pó dos vossos pés. Em verdade vos digo que, no dia do juízo, haverá menos rigor para o país [que mais tolerável será aos da terra] de Sodoma e Gomorra do que para aquela cidade.”  (Evangelho Segundo Mateus 10:14-15)

“E tu, Cafarnaum, [Capernaum] que te ergues até aos céus, serás abatida até aos infernos;[ao inferno; Gr. Hades: lugar debaixo na terra] porque, se em Sodoma tivessem sido feitos os prodígios que em ti se operaram, teria ela permanecido até hoje. Porém eu vos digo que haverá menos rigor [que será mais tolerável] para os de Sodoma, no dia do juízo, do que para ti.” (Evangelho Segundo Mateus 11:23-24)

Ou seja, os ensinos vão só confirmando que a grande maldade dos Sodomitas, que levou Deus a destruir a cidade, foi a falta de hospitalidade, a falta de praticar o bem ao próximo, a ausência de justiça, a não ajuda ao oprimido. Enfim.

Ainda que se cogite o sexo homogenital, conforme já dito em outros posts, não se pode comparar um abuso sexual coletivo a relacionamentos homossexuais consensuais.

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