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BOM SABER

A Colunista trans do Jornal Folha de S. Paulo

Professora universitária norte-americana, mulher trans, é colunista de jornal brasileiro

Publicado em 29/12/2022

A Folha de S. Paulo tem colunista trans…você sabia?

A partir de abril de 2022 Deidre Nansen McCloskey escreve semanalmente para aquele jornal. E sua apresentação é original: “sou estúpida, porém honesta, e por isso mudo de ideia sempre”. Apesar do seu currículo (economista, professora emérita de economia e história / inglês e comunicação e professora-adjunta de clássicos e filosofia na Universidade de Illinois nos EUA) afirmou: “apresento-me, e você poderá julgar se vale a pena ler-me”.

Sua produção, resumida: 24 livros e 400 artigos científicos e populares. Suas áreas: história econômica, retórica, filosofia, teoria estatística, teoria econômica, feminismo, estudos queer, liberalismo, ética e leis.

Quando diz que é honesta, o faz porque confessa que muda de ideia. Já foi marxista, hoje não é. Já foi não crente, hoje é cristã. Já foi da escola tal na economia, hoje é de outra.

Dentro do seu site há pouco espaço para falar da sua transição. Sim, Deidre foi Donald até os 50 anos de idade. Casada por 30 anos, e feliz, com duas crianças, fez sua transição de gênero. As duas crianças não conversam com ela desde então. Segunda ela, as três pessoas que mais ama se recusam a ter contato. E nunca conheceu os três netos…

Mas, como sua mãe, ainda viva quando transicionou, reagiu? Em cinco minutos fez sua própria transição.

Seu chefe na faculdade, ao ser comunicado, brincou: “ótima notícia para nosso programa afirmativo: um homem a menos, uma mulher a mais. Graças a Deus: temia que você fosse me dizer que tinha se tornado socialista!” Ele se tornou seu advogado.

Sua transgeneridade ficou oculta desde os 11 anos de idade. E foi capitão do time de futebol da escola. Um economista macho. Um pai muito bom, um marido muito bom. E ainda consegue trocar um pneu – mas prefere que um homem o faça. (palavras suas).

Por que trago esta história?

Porque como parte da luta contra o estigma de ser pessoa transvestegênere há várias ações necessárias:

– mostrar que é possível transicionar em qualquer idade

– mostrar que pessoas trans são tão potentes no trabalho, na vida social, na vida cultural quanto pessoas cis – não há porque haver baixa autoestima!

– mostrar que pessoas trans têm o que falar que não seja sobre gênero, estigmatização ou violência

– mostrar que pessoas trans têm vasta contribuição acadêmica e social

– mostrar que há prejuízos sociais sim quando se é trans, mas também há novos amigos e novos relacionamentos

– mostrar que pessoas trans são tão religiosas quanto as pessoas cis religiosas

Parabéns a Folha de S. Paulo.

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