Nós somos da Pátria a guarda
Fiéis soldados
Por ela amados
Nas cores de nossa farda
Rebrilha a glória
Fulge a vitória
Veja também:
- Apesar de recorde histórico, investimento federal LGBTQIA+ ainda é insuficiente
- Legislação transfóbica desafia movimento trans e aliados a investirem em resistência institucional
- Associações defendem direitos de crianças e adolescentes no STF contra lei que censura a Parada LGBTQIA+
- CNJ proíbe discriminação de pessoas LGBTQIA+ na adoção, guarda e tutela
- Enquanto aguarda nomeação de Lula, PGR interina defende direitos de travestis e transexuais presas
- Como ser um aliado de pessoas trans sem invisibilizar e protagonizar seu papel
- Crivella deixa cariocas sem remédio para tratamento da AIDS
- Ex-empresário de Dudu Camargo diz que apresentador quer mudar imagem de gay assediando mulheres
- World Athletics diz que atletas trans não podem ser proibidos de competir em SP
- Assexualidade gera dúvidas e polêmica entre LGBTs
- Quadrinho do Chico Bento mostra conceito de família com casal gay
- Japão testa drogas anti-HIV contra coronavírus em meio a aumento de casos
- Homofobia: professor é espancado e torturado por horas após ter vídeo íntimo vazado
- Coronavírus: precisamos nos alarmar no carnaval? Dr. Maravilha explica
- Presidente Bolsonaro veta propaganda do Banco do Brasil que investia em diversidade
- O Iraque imerso ao seu retrocesso
- O voo universal da saudosa Tuca
- X-Men 97 reacende a relação entre mutantes e LGBTQIA+s
A paz queremos com fervor
A guerra só nos causa dor
Porém, se a Pátria amada
For um dia ultrajada
Lutaremos sem temor
Duas estrofes do hino do soldado brasileiro. Mas podem pertencer a qualquer hino dedicado a pessoas fardadas em defesa da pátria.
A Pátria Ucraniana
Você defenderia sua pátria se ela afirmasse que você não pode adotar crianças? Mesmo que tenha condições econômicas, culturais e sociais?
Você defenderia sua pátria se ela permitisse que você fosse caçado? Uma inocente prática desportiva. Caçar pessoas, agredi-las fisicamente, por esporte.
Você defenderia sua pátria se ela impedisse seu casamento com a pessoa que você ama?
A Ucrânia é um país transfóbico e homofóbico. Pessoas LGBTQIAP+ não podem casar entre si nem adotar crianças. Transfobia e homofobia não são crimes.
Escolhemos lutar
Oleksandr Shuran e Antonina Romanova são voluntário ucranianos na luta atual contra os russos. O serviço militar é obrigatório. Após a invasão, o governo ucraniano proibiu que pessoas do gênero masculino deixassem o país. Oleksandr e Antonina, porém, não poderiam ser convocados, por razões legais. Têm problemas de saúde, os pais são doentes e dependem deles. Mas eles se alistaram.
Shuran é de orientação sexual homoafetiva, pessoa cis. Romanova é uma pessoa não binárie, no espectro feminino. São um casal LGBT. E lutam juntos.
Estão integrados no batalhão. E não tinham experiência militar prévia. Afirmam que quando o país foi invadido perceberam que havia 3 opções: esconder, fugir, lutar. Escolheram lutar.
Um comandante deixou claro. Tolerância zero com a homofobia – por extensão, com a transfobia. Também deixou claro o que importa na linha de frente. Existe somente uma exigência: combater, e combater bem. É, ao que tudo indica, o que o casal faz.
Quando a Rússia anexou a Criméia, em 2014, foi dito que não havia gays no exército. O troco veio rápido. “A comunidade lésbica, gay, bissexual, transgênero e queer escolheu o unicórnio porque é uma criatura fantástica inexistente”. Abaixo da bandeira ucraniana, está costurado esta criatura.