O que acontece com as pessoas transvestegênere operadas? A famosa cirurgia de redesignação sexual? Esta cirurgia é aquela que modifica a genitália conhecida masculina para a feminina. Ou ao contrário.
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Não é incomum surgir na imprensa artigos contrários ela.
Quatro artigos científicos recentes fazem algumas considerações importantes.
Cirurgia melhora a autoestima
Pesquisadores turcos analisaram o que aconteceu com pessoas transvestegêneres do espectro masculino. Ou, popularmente, homens trans. Eles observaram que após a cirurgia:
- percepção da imagem corporal melhorou
- a autoestima cresceu
- a confiança em si aumentou
Pesquisadores iranianos analisaram outra questão. A qualidade de vida. Ela melhora após a cirurgia de redesignação sexual para “homens trans”? As 46 pessoas responderam a um questionário específico. Este é cientificamente elaborado para avaliar a qualidade de vida. Comparando as respostas antes e após a cirurgia, houve melhora.
Pesquisadores brasileiros analisaram o que acontece com as “mulheres trans”. Foram 47 pessoas quecompletaram o estudo. E este foi o primeiro brasileiro realizado. Autores concluíram que a cirurgia melhorou:
- a atividade sexual
- a percepção de liberdade
- a segurança pessoal
- as vidas social e financeira
Nem tudo são flores
Pesquisadores italianos analisaram “homens e mulheres trans” operades. Após o procedimento, 36% experimentaram violência, assédio ou discriminação. E sabe onde mais aconteceu? No trabalho. E as pessoas transvestegêneres femininas é que sofreram mais de uma vez.
No estudo brasileiro houve, no primeiro ano após a cirurgia:
- maior cansaço
- percepção de falta de energia
- prejuízo do sono
- falta de vigor físico
- menor mobilidade.
A equipe que o conduziu entendeu que estas circunstâncias eram devido ao período de recuperação de uma cirurgia complexa e a complicações possíveis.
O que pode melhorar
É curioso que duas nações islâmicas, Turquia (estado laico) e Irã (estado teocrático), façam publicamente cirurgias de redesignação sexual…
A equipe italiana identificou que há menor chance de violência, assédio e discriminação quando as pessoas trans têm apoio familiar.
O estudo brasileiro deixa nas entrelinhas que a capacitação técnica progressiva da equipe cirúrgica e de cuidados vai reduzir os efeitos negativos do pós-operatório.