Suicídio é um tema recorrente quando se fala em pessoas transvestegêneres em especial, entre toda a população LGBTQIAP+. Anteriormente comentei como este assunto é uma questão de saúde pública. Iniciei com a estimativa do Centro de Valorização da Vida: 32 pessoas nascidas no Brasil tiram a própria vida a cada dia (32×365 = 11.680 por ano). Estas representam 17% daquelas que pensaram no autoextermínio em algum momento. E 4,8% daquelas que elaboram um plano.
No mesmo texto informei que as pessoas trans têm uma taxa de autoextermínio 15x superior a da população cisgênere (aquele que não é trans). E comentei alguns fatores provavelmente envolvidos.
Pesquisa recentemente publicada avaliou 5 atores que podem conduzir ao autoextermínio entre adolescentes.
O Estudo
A equipe estudou 4464 adolescentes, entre cis e trans.
A ideia de terminar com a própria vida esteve presente em 49% de adolescentes trans e em 41% entre “gêneros expandidos”. Entre adolescentes cis masculines, 11% e entre feminines, 19%.
Através de recurso da estatística, foi possível mostrar que 50% das ideações suicidas relacionavam-se com preconceito, violência e quadros depressivos. Também foi possível perceber que 39% delas eram vinculadas ao uso de drogas, às consequências do uso e quadros depressivos.
A depressão é o fator principal, segundo equipe.
Conclusão
O que já foi anteriormente comentado permanece. A taxa de suicídio é alarmante, e suas causas são evitáveis. Medidas que eliminem ou reduzam preconceito, bullying e uso de drogas devem ter impacto significativo na preservação de vidas jovens, criativas e produtivas.