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Os corpos não determinam os gêneros na Iorubalândia

a língua iorubá original não tinha gênero para pessoas e funções sociais

Publicado em 18/07/2022

Homens e mulheres sempre existiram, e o mundo é construído sobre esta realidade que não pode ser questionada. Esta afirmativa serve de ponto de partida para a compreensão da realidade. Para compreender como os gêneros se relacionam. Mas será ela verdade?

O mundo da criança

Quando a criança nasce encontra um mundo em funcionamento. Durante a infância este mundo parece fixo, imutável. Não uma realidade em constante transformação. É na adolescência que esta percepção começa a se alterar.

Este fenômeno talvez seja a razão pela qual muitas crianças transvestegêneras se ocultam. Perceber que o mundo as chama meninas quando deveriam ser meninos. Ou chamar meninos quando deveria chamar por meninas. Sem esquecer a possibilidade de não se situar em nenhum destes polos. Como lidar com a percepção de se estar em desacordo com um mundo que não muda?

Um argumento batido

Um dos argumentos que sustentam a transfobia é que a genitália determina naturalmente o gênero. A natureza, por caminhos próprios, determina o comportamento social masculino a partir de uma genitália. O comportamento social feminino a partir de outra. Cabe aos defensores desta teoria a sua prova empírica. Mas as pessoas transgêneros existem. Uma afronta à teoria. Melhor acreditar que não existem. Ou propor que ser transgênere é uma doença a ser tratada. Outra saída é dizer que ser trans é uma “escolha”, uma “opção” de alguém.

Mas pessoas transvestegênere existem. A última estimativa brasileira é de 2% de sua população.

Até agora não foi possível demonstrar que é uma doença. Sugiro a leitura do capítulo VII do meu livro “Transgêneros e Fé Cristã” onde este ponto é detalhado.

Apenas as pessoas que nunca conversaram com atenção com as pessoas transgêneres podem crer se tratar de uma “escolha”…

O desafio à transfobia

A socióloga Oyèrónké Oyěwùmí trouxe outra informação no seu doutorado. A língua iorubá, antes do contato com a das pessoas da Europa, não apresentava distinção de gênero. Nomes, funções e estruturas sociais não tinham gênero. Uma língua falada por milhões de pessoas que encontraram um mundo, ao nascer, onde meninos e meninas não existiam. Existiam pessoas onde a idade e pertencimento ao grupo eram critérios de posição social e não suas genitálias.

A tese se tornou um livro, “A Invenção das Mulheres”. 

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