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Empoderamento Trans

Por que celebridades LGBTQIAP+ são uma ameaça à sociedade?

o risco que a normalidade de ser transgênere traz para as pessoas transfóbicas

Publicado em 01/08/2022

Quais razões nutrem a repulsa ao tema pessoas trans nos esportes competitivos? Por que celebridades trans sofrem cancelamento e perseguição sistemática?

Uma publicação anterior comenta sobre o banimento de pessoas trans de esportes competitivos. Nela explicito que quando entidades desportivas banem ou limitam a presença de atletas trans, o fazem sem base científica. Até o presente momento, baseadas em opiniões pessoais de especialistas e / ou analogias inadequadas.

Há cerca de 01 ano, pesquisadores das Universidades de Standford, Yale e Colorado publicaram um artigo provocador. Sua conclusão seria aplicável à LGBTQIAP+fobia?

O estrangeiro admirado

O que pode levar ingleses a cantar, nos estádios, uma música assim?

Se ele marcar mais alguns

Então serei muçulmano também.

Se ele é bom o suficiente para você,

Ele é bom o suficiente para mim.

Sentado em uma mesquita,

É onde eu quero estar.

Mohamed Salah

Um presente de Deus.

Ele está sempre marcando,

É monótono.

Então, por favor, não leve

Mohamed embora

Mohamed Salah é uma pessoa cis masculina, muçulmana, atleta do Liverpool. Segundo a wikipedia, 225 gols em 481 partidas. Ou seja, um gol a cada dois jogos. Em um país culturalmente cristão, onde a rainha é a maior autoridade da igreja nacional, alguém de fora faz sucesso. Estimula que pessoas sejam como ele. Mesmo que isto signifique mudar de religião.

O estudo

A equipe autora do estudo trabalhou sobre uma hipótese. Ela é conhecida como “hipótese do contato parassocial”. Ela diz que o contato via mídias sociais que são semelhantes aos contatos reais resultam em melhoria da relação entre grupos que sejam diferentes entre si.

Mohamed não renegou sua fé. Quando faz um gol, se prostra como um muçulmano, aponta o dedo para o céu e recita a confissão de fé islâmica. Sua esposa é vista à beira do campo… de véu.

A sociedade britânica é herdeira de um racismo imperial. A mídia participa da perpetuação da islamofobia. As pessoas em geral consideram os valores islâmicos contrários aos britânicos. E as agressões contra as pessoas muçulmanas que moram na Grã-Bretanha aumentou quase 50% em 2016.

Mas a interação via mídia social entre Salah e seus seguidores demonstra outro comportamento. Ele é tão bom no que faz que ingleses desejam estar na mesquita. Consideram uma pessoa vinda de uma sociedade desprezada como um presente divino. Querem ser como ele. Para quem deseja um dado objetivo, entre os torcedores do Liverpool há 50% menos tuítes islamofóbicos e 16% menos crimes de ódio contra pessoas islâmicas.

E as pessoas trans?

O segmento LGBTQIAP+ é o bode expiatório sempre disponível. Quando se quer angariar votos, o ataca. Nada melhor para desviar a atenção sobre problemas como o atacar. Tê-lo como inimigo da família, sobretudo das crianças, é recurso manjado e fardamento usado.

Não há motivo para supor que o efeito observado com Mohamed Salah não ocorra entre LGBTQIAP+ e a sociedade em geral. Qual a mensagem que é passada quando há executivas transvestegêneres? Ou quando trans faz sucesso no Big Brother (em duas ocasiões)? Filhes de jogadores de futebol que são trans? Artistas que se expõe no processo de transição?

O que a sociedade transfóbica não pode suportar é a vivência normal, e de sucesso, de pessoas transvestegêneres. Porque a fobia deixará de existir. A falsa ameaça será demonstrada como sempre foi, falsa. E o preconceito real será explicitado!

Observação: o estudo que propôs esta teoria foi feito também com pessoas LGBTQIAP+.

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