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Transgeneridade e budismo – iluminação sem impedimento

O budismo não discrimina as pessoas LGBTQIAP+

Publicado em 09/03/2023

Autora: Sophia Mendonça (Pesquisadora, Influenciadora e Desenvolvedora)

Quando falamos na relação entre budismo e pessoas trans, logo vêm à mente figuras famosas como a atriz e empresária Angélica Ross. Isso porque ela revolucionou o mundo da tecnologia e tornou-se a primeira estrela trans a protagonizar um musical da Broadway. Mas, apesar do status de celebridade, Ross não é uma figura isolada dentre os praticantes budistas. Afinal, a filosofia humanista do budismo Nichiren da Soka Gakkai defende que todas as pessoas devem ter a dignidade respeitada. Portanto, não cabe qualquer tipo de discriminação ou preconceito. Assim, para o budismo, todos somos budas em potencial. Dessa forma, todo ser vivo é digno da mais elevada consideração.

Daisaku Ikeda

O mestre budista Daisaku Ikeda envia com frequência mensagens à comunidade LGBTQIAPN+. Em uma delas, ele afirma que a prática budista conduz cada um de nós a viver uma vida vitoriosa e feliz de acordo com o espírito budista de respeitar a individualidade. Para isso, ele cita o princípio da cerejeira, da ameixeira e do pessegueiro. Então, orienta que as pessoas budistas LGBTQIAPN+ vivam uma vida vitoriosa de suprema satisfação. E que ao mesmo tempo, conquistem a confiança como bons cidadãos nos contextos sociais em que participam.

Ikeda Sensei cita o exemplo de Nichiren Daishonin, o Buda dos Últimos Dias da Lei. Assim, ele ilustra a situação da diversidade sexual e de gênero por meio da analogia do itai doshin. Este conceito significa diferentes em corpo, iguais em mente. Ou seja, valoriza as possibilidades diferentes de existência, ao mesmo tempo em que chama a atenção para o ideal comum de respeito à dignidade de toda a vida.

Toda essa reflexão leva também a uma antiga parábola vinda dos primórdios do budismo. Assim, ao ouvir o Buda Shakyamuni, uma menina‑dragão, de apenas 8 anos, atingiu imediatamente a iluminação. Aliás, a narrativa do Sutra do Lótus revolucionou o Budismo por mostrar a possibilidade de um corpo feminino alcançar o estado de Buda. Assim, este acontecimento não se refere a um feito individual ou exclusivo da filha do rei dragão. Na verdade, ele mostra que todas as mulheres podem atingir o estado de buda na forma em que se apresentam.

A Filha do Rei Dragão

Essa história da Filha do Rei Dragão me tocou muito quando me tornei budista aos 18 anos. Afinal, eu ainda não havia iniciado a transição social, nem realizado a cirurgia de reafirmação de gênero. Mas, a força do conto me permite perseguir o autoconhecimento e abraçar a minha identidade. Então, experienciei na prática o conceito budista de Hosshaku Kempon, que significa abandonar o transitório e revelar o verdadeiro. Para Ikeda Sensei, esta noção significa estabelecer uma identidade firme, capaz de superar dificuldades extremas, dissipar a escuridão e manifestar a natureza da iluminação. Ou seja, estabelecer essa identidade é a forma de manifestar o estado de buda nesta existência.

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