Problema Social

Afinal, as redes sociais influenciam mesmo a saúde mental?

Os consumidores estão tendo uma média de 4,2 horas por dia em aplicativos

O evento visar operacionalizar e efetivar a Política Nacional de Saúde Integral a comunidade LGBT
Médico com bandeira LGBT ao fundo (Foto: Ilustrativa)

Novos tempos requerem novas percepções do que nos afeta. Não tem como negarmos de que a Internet vem sendo um recurso necessário e comum entre a maioria da sociedade. Ela nos trouxe a transformação de ações, comportamentos e estilos de vida. Mas com ela também vimos o crescente número de casos de ansiedade, depressão e outros problemas de saúde mental, principalmente entre os jovens. O cuidado e a atenção com estes efeitos colaterais decorrentes do excesso de consumo de informação, devem ser colocados como prioridade.

Entre os jovens, a utilização constante de redes sociais pode despertar gatilhos de insuficiência, comparação e infelicidade por não se sentirem conforme X ou Y pessoa, podendo até acarretar problemas mais graves como o suicídio. Por isso deve-se tomar muito cuidado com o uso das plataformas. Em vista dos sentimentos, precisamos sempre procurar formas de proteger nossa saúde mental e identificar nossas válvulas de escape. Quando percebemos que algo vai nos tirar do eixo, que possamos ter saídas que nos desestressam, assim, retornando ao devido equilíbrio. As mais populares são: cozinhar alguma coisa diferente, correr no parque, cantar, dançar, assistir algum filme ou série, entre outros … quais são as suas?

Em virtude da pandemia, o tempo que destinamos a navegar por redes sociais aumentou consideravelmente. Segundo o novo relatório da empresa de dados e análises móveis App Annie, nós (consumidores) gastamos uma média de 4,2 horas do nosso dia no Facebook, Instagram, WhatsApp, Tik Tok etc. O aumento foi de 30% em relação aos dois últimos anos. Em alguns países a média é ainda maior, superando a marca de 5 horas. Também segundo o relatório, no primeiro trimestre de 2021, o tempo diário gasto nas redes, especialmente na Índia, teve a maior crescente, em torno de 80%. Hoje esse assunto está em evidência, pois a expectativa em relação a problemas mentais era grande para esta nova década, e a pandemia fez com que muitas previsões, até então futuras, fossem aceleradas.

Devemos tomar cuidado com nossa estabilidade emocional, sempre buscando encontrar nossos limites e respeitá-los. A partir do momento que entendemos que a utilização excessiva das redes sociais gera danos a nossa integridade, devemos repensar até que ponto podemos navegar de maneira saudável em um Instagram da vida. A tecnologia nos possibilitou ter informações em questão de segundos, acessar a outra extremidade do planeta com muita agilidade, mas nossa mente precisa de paz para se manter estável. Essa situação ainda é mais preocupante na pandemia: o isolamento social deixa as pessoas mais vulneráveis aos distúrbios psicológicos causados. Se for necessário, utilize os limites automáticos que provavelmente no seu celular tem, colocando limites de tempos em certos aplicativos.

Eu sou o Maurício de Britto, colunista de políticas públicas na coluna Politizah (Clique aqui)!

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