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Educação e Esperança

Mocha Celis, uma escola com afeto e esperança

Bachillerato Popular Mocha Celis

Publicado em 14/04/2024

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    Mocha Celis , foi uma travesti ,que foi brutalmente assassinada com três tiros na cabeça pela polícia no bairro das Flores, na Argentina. Originária da província de Tucumán, Mocha era companheira da ativista travesti-trans Lohana Berkin. Sua morte provocou uma profunda comoção na comunidade LGBTQIA+, resultando na fundação, em 2011, da primeira escola voltada para pessoas trans, travestis e não binárias em Chacarita, Buenos Aires, que recebeu o nome de ,Bachillerato Popular Mocha Celis.

    Idealizada por Francisco Quiñones e Agustín Fuchs, a escola iniciou suas atividades em 2012 com 15 estudantes. Essa iniciativa ganhou forma durante o período de avanço dos direitos conquistados pela comunidade LGBTQIA+ durante os governos Kirchner. O Bachillerato Popular Mocha Celis foi concebido com a perspectiva de preparar seus alunos para o mercado de trabalho, utilizando como método de ensino a obra do educador Paulo Freire, que serviu de inspiração para sua concepção e metodologia.

    Na única sala de aula, há uma mesa central onde alunos e professores se sentam juntos, promovendo uma dinâmica de estudo que ressignifica o espaço educacional. As disciplinas incluem Literatura, Cooperativismo, Matemática, Noções Digitais, Memória e Reconhecimento Trans, entre outras, e o curso tem duração de três anos.

    A escola tem parcerias com inúmeras Universidades do País, que oferecem bolsas de estudos, para os formados pela Escola Mocha Celis .

    Embora alguns membros da própria comunidade LGBTQIA+ possam considerar a escola uma espécie de “bolha” que não oferece proteção adequada, na realidade, ela representa um ponto de partida crucial para recomeçar, oferecendo um ambiente acolhedor e promovendo um sentimento de pertencimento que pode impulsionar os alunos em suas jornadas individuais.

    A iniciativa na Argentina demonstra que, apesar das adversidades enfrentadas pela comunidade LGBTQIA+ em todo o mundo, sempre há esperança de um futuro melhor. Como disse Lohana Berkins: “Quando uma travesti entra na universidade, ela muda sua própria vida. Quando muitas travestis entram na universidade, elas mudam a sociedade”.

    Enquanto o preconceito e a violência persistirem, lugares como a Escola de Mocha Celis são indispensáveis não apenas para oferecer acolhimento, mas também para auxiliar as vidas LGBTQIA+ a superarem seus medos e renascerem como a fênix, ressurgindo das cinzas. É lamentável que não haja escolas semelhantes no Brasil, porém, com o crescente poder da extrema direita em todo o mundo e até mesmo com figuras como o atual presidente Javier Milei ,na Argentina, a comunidade LGBTQIA+ nunca pode se sentir plenamente segura. A polarização política e o ódio propagado por aqueles que se consideram superiores, na verdade, estão em uma guerra contra si mesmos, refletindo preconceitos e traumas que talvez carreguem e descontem seus recalques na população LGBTQIA+.

    O mundo pertence a todos, mas estamos apenas no início dessa jornada rumo à igualdade e à justiça. A gente só quer ser feliz, quem sabe, para o dia nascer Feliz !!!

    Silvia Diaz , é Atriz, Performer, Dramaturga e Roteirista. Estudou interpretação Teatral(Unirio). Graduada em Produção Audiovisual(ESAMC). Dramaturgia ,SP escola de Teatro. Apenas uma Artista que vende sonhos em dias cinzentos. E quando os dias não forem tão trevosos, ainda assim continuarei a vender meus sonhos!! Cores, abraços, afetos, lua em aquário. Fluindo ...

    @silviadiaz2015

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