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Comediante faz piada transfóbica em stand-up da Netflix e entidade LGBTQIA+ se revolta

Dave Chappelle fez vários comentários considerados transfóbicos

Dave Chappelle
Dave Chappelle (Reprodução)

Nesta terça-feira (5), a Netflix lançou o stand-up “Encerramento” e revoltou entidades da comunidade LGBTQIA+. Durante a atração, o comediante Dave Chappelle fez vários comentários considerados transfóbicos, motivando a associação NBJC (Coalizão Nacional da Justiça Negra, em tradução literal) a solicitar que a plataforma retirasse seu novo programa humorístico de seu catálogo.

Dave Chappelle, que é um dos mais famosos humoristas dos Estados Unidos, havia anunciado que Encerramento (The Closer, no original) seria seu último especial de comédia, antes de sua aposentadoria dos palcos. Entretanto, sua nova atração ficará marcada pelas suas mensagens transfóbicas, já que ele está sendo acusado de rebaixar transexuais ao afirmar que “o gênero é um fato”, decidido no momento em que a criança nasce.

Em outro momento, Dave Chappelle afirma que os órgãos genitais de mulheres trans “Não são o que deveriam ser”, e sai em defesa da autora J.K Rowlling da saga ‘Harry Potter’, conhecida por ser transfóbica e feminista radical. O humorista também defendeu o rapper DaBaby, afirmando que ele não foi cancelado quando debochou da morte de outro músico, mas que causou polêmica nas redes sociais ao falar sobre os homossexuais “No nosso país, você pode atirar e matar um negro, mas é melhor não ofender os sentimentos de um gay”, alfinetou.

Em seu perfil no Twitter, a Glaad (Aliança Gay e Lésbica Contra a Difamação), uma das maiores entidades pela causa LGBTQIA+ americana, mostrou o seu descontentamento com o stand-up ‘Encerramento’ da Netflix. “A marca [de humor] de Dave Chappelle se tornou sinônimo de ridicularização de pessoas trans e outras comunidades marginalizadas. Análises negativas e a opinião de espectadores que condenam seu último especial devem servir de mensagem para a indústria que o público não apoia mais retóricas anti-LGBTQIA+. Nós concordamos.”

Já a NBJC enviou uma carta para o CEO do streaming, pedindo a retirada da atração de seu catálogo de forma imediata. “2021 caminha para ser o ano com mais mortes registradas de pessoas transgênero nos EUA, a maioria delas negra, a Netflix deveria ser melhor do que isso. Perpetuar a transfobia perpetua a violência. A plataforma deveria tirar o especial do ar imediatamente e pedir desculpa à comunidade trans”, pediu a entidade.

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