Dia dos Pais está chegando, então, é sempre bom conhecermos histórias de casais LGBTQ+ que, podem não ter gerado uma vida, mas fizeram o filho conhecer um amor sem limites.
Benjamin Cano Planès e Louis Planès são franceses de Toulouse e decidiram se mudar para o Brasil há quase 10 anos para iniciar um novo empreendimento. Administraram um hotel-boutique em Ipanema por 7 anos e hoje, além de casados, são sócios no ramo imobiliário.
Em meio ao trabalho, decidiram adotar uma criança e entraram com a habilitação na Vara da Infância e da Juventude do Rio de Janeiro. Durante 1 ano, ocorrem encontros com psicólogos e assistentes sociais para obter um estudo da condição familiar.
Depois de aprovados, aguardaram 2 anos com imensa expectativa, acompanhando de perto o processo junto à Vara da Infância e da Juventude para saber se havia uma criança disponível para o casal.
Até que em um belo dia, uma juíza carioca telefonou para Benjamin e informou que uma colega, também juíza, de Ilhéus, na Bahia, estava com um caso de um recém nascido prematuro de 5 meses sem pretendentes.
O pequeno Vinicius havia nascido na rua com apenas 900 gramas. Foi reanimado na ambulância do SAMU e abandonado no hospital. A mãe biológica não chegou a ficar nem 3 horas com o bebê.
Imediatamente o casal se interessou e foram até a Bahia. Ali começou a conexão do casal com Vinicius. O bebê, já com 7 meses e meio de vida, teve alta da UTI um dia após a ligação da juíza e os novos pais foram buscá-lo na maternidade. Era dia 11 de maio de 2017.
A nova família teve de permanecer na Bahia por 3 semanas, pois Vinicius estava tão magro que a pediatra não autorizou a viagem de avião para o Rio.
“Adotar uma criança no Brasil foi mais um ato de amor pelo país que nos deu muita sorte, eu me senti e me sinto brasileiro desde a primeira hora. O melhor presente da minha vida é meu filho e quem me deu foi meu país de adoção”, conta Benjamin.
A história dos francês é parecida com o casal gay goiano, Kairon Patrick e Sílvio Romero, que acabaram adotando uma criança de oito anos, que foi rejeitada por três famílias antes de achar um lar definitivo.