ISABEL

Pedro Andrade fala sobre paternidade com barriga solidária

Pedro Andrade com a filha Isabel no colo - Reprodução/Instagram
Pedro Andrade com a filha Isabel no colo - Reprodução/Instagram

Pedro Andrade conhecido por seu trabalho no Entre Mundos, Manhattan Connection e Pedro pelo Mundo, falou sobre sua jornada para se tornar pai através de barriga solidária.

Em entrevista à jornalista Sofia Cerqueira, da revista Veja, o apresentador e seu marido, Benjamin Parker Thigpen, optaram pelo processo nos Estados Unidos, onde é legal e segue regulamentações rigorosas. Isabel, filha do casal, nasceu no dia 26 de janeiro no Havaí, através de Whitney Caskey, a mulher que carregou o bebê.

O comunicador revelou que o desejo de ter um filho sempre esteve presente em sua vida. “A vontade de ser pai antecede quase tudo na minha vida. Antes mesmo de escolher a profissão, entender minha orientação sexual ou me mudar para Nova York, tinha esse plano”, destacou.

Ele e o companheiro discutiram sobre ter filhos no primeiro encontro, 16 anos atrás, mas decidiram adiar devido às exigências de suas profissões. “Só que para um casal gay não existe gravidez acidental, é preciso muito planejamento. Como estávamos sempre ocupados e viajando, adiamos o projeto”, afirmou.

A opção pelo processo de barriga de aluguel ganhou força quando ele gravou um programa sobre o tema. “Pude conhecer agências, entrevistar mulheres que gestaram filhos assim e ajudar a desmistificar o preconceito”, relebrou.

Vale destacar, que a prática é proibida em vários países (no Brasil, é autorizada se a barriga solidária tiver parentesco com um dos parceiros), em território americano é legal e segue leis draconianas, a prática exige que as candidatas passem por três avaliações psicológicas e tenham tido, no mínimo, duas gestações. O custo do processo pode variar entre 50 mil e 250 mil dólares.

Durante a gestação, Pedro e Benjamin acompanharam todas as ultrassons e se aproximaram de Whitney. É importante frisar, que durante o processo é firmado um acordo sobre o acompanhamento da gravidez e se os pais manterão contato após o nascimento.

“Ela é uma pessoa que quero ter por perto pelo resto da vida. Na gestação, acompanhamos todos os ultrassons e nos aproximamos. É uma mulher forte, inspiradora e de uma generosidade ímpar. Sente-se recompensada só de saber que se tornou fundamental para transformar a vida de outras pessoas. E, por mais que alguns estranhem, tem o apoio incondicional”, declarou.

Segundo ele, na hora do parto estavam ele e o esposo, além do marido dela, “todos tomados por uma emoção enorme. Meu olho enche d’água só de lembrar”, recordou.

O jornalista também comentou as curiosidades e desinformações sobre o assunto. “A imagem que as pessoas têm de que a mulher pode querer ficar com a criança é fruto de desinformação. Em solo americano, é impossível: quem participa não tem ligação genética com o bebê”, disse.

“Nós recorremos a um banco de óvulos para a fertilização in vitro, com sêmen do Ben e meu, e a intenção era ter gêmeos. Só um embrião vingou. Sabemos de quem é o material biológico, mas , por enquanto, não temos a intenção de revelar. Existe uma ideia absurda de que um é mais ou menos pai por isso, mas, para nós, é nossa filha e ponto, acrescentou ele.

Pedro Andrade também relatou que, apesar de ter se preparado através de leituras e conversas, nada se comparou à experiência real de se tornar papai e confessou que a chegada da herdeira intensificou todos os aspectos de sua vida, aumentando tanto a felicidade quanto as preocupações.

“Dois dias depois de chegar em casa, corremos para o pediatra porque ela, na minha cabeça, dormia demais. Hoje acho graça, mas estávamos preocupados. Ela não tinha nada, apenas era o sono normal de uma recém-nascida”, lembrou.

Por fim, ele admitiu que quer ter mais filhos no futuro com Benjamin Parker, novamente através de barriga de aluguel: “Estamos completamente realizados com a Isabel, mas planejamos ter mais filhos. Com a ajuda de outra barriga de aluguel, com certeza”.